Docentes, discentes da graduação e pós-graduação e assistentes sociais da Universidade Federal do Tocantins (UFT) participaram do 18º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS), realizado em Salvador (BA) entre 3 e 7 de dezembro de 2025. A edição comemorou os 50 anos do CBAS e reforçou o Congresso como principal espaço de debate do Serviço Social.
A edição deste ano, intitulada “A gente sobe a ladeira por liberdade”, reuniu milhares de profissionais, pesquisadores e estudantes de todas as regiões do país. As atividades abordaram democracia, desigualdades sociais, racismo estrutural, justiça ambiental, políticas públicas e os desafios atuais do Serviço Social diante do avanço do neoconservadorismo. A mesa de abertura “50 anos do CBAS: histórias de resistência e luta por liberdade” retomou a trajetória do congresso e reafirmou seu papel na consolidação do projeto ético-político da profissão.
Depoimentos
A professora Rosimeire Santos, da UFT, foi palestrante da Plenária Simultânea 2 – “As práticas familistas, a moralização e a criminalização da pobreza e as respostas profissionais de enfrentamento ao neoconservadorismo” ao lado do professor Claudio Horst (Ufop). Para ela, o CBAS tem papel central na formação e no aprimoramento profissional: “A participação no CBAS é fundamental para a formação do/a assistente social, pois proporciona momentos de reflexão e contato com experiências sistematizadas de todo o país. A abertura e as plenárias apresentaram debates de grande relevância.”
A professora Eliane Amicucci também avaliou o evento de forma positiva: “O congresso reforçou que a transformação social defendida pelo Serviço Social se constrói em articulação com a classe trabalhadora. Liberdade, justiça social e direitos são princípios que precisam ser construídos coletivamente.”
O mestrando Galhardo Lima destacou a importância da vivência para sua formação: “O contato com outras universidades, pesquisas e profissionais qualifica nossa formação e fortalece a pós-graduação em Serviço Social. Estar no CBAS é uma oportunidade concreta de ampliar nossa produção acadêmica.” Segundo ele, a troca de experiências fortalece o pensamento crítico e o diálogo entre diferentes regiões do país.
Assistentes sociais da instituição acompanharam as atividades com foco nos desafios da prática profissional, especialmente na assistência estudantil. A servidora Laranna Prestes Catalão, do Câmpus de Porto Nacional, apresentou, em coautoria com a assistente social Roberta Gama, do Câmpus de Arraias, um pôster sobre os limites institucionais no uso de tecnologias e na preservação do sigilo profissional, tema presente no atendimento cotidiano a estudantes.
Laranna Prestes destacou: “Estar no CBAS é reafirmar o compromisso da categoria com a formação crítica e com a defesa das políticas públicas. O congresso amplia nosso olhar sobre a assistência estudantil e reforça sua inserção nas lutas sociais mais amplas.”







