O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cobrou da Polícia Federal (PF) a conclusão de uma apuração sobre os ataques feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas.
A decisão foi proferida pelo corregedor-geral eleitoral, ministro Raul Araújo, no âmbito de um procedimento administrativo aberto em 2021. O prazo dado à PF foi de cinco dias.
À época da instauração do processo, Bolsonaro, ainda presidente, vinha subindo o tom contra o TSE, levantando, sem provas, dúvidas sobre a integridade do sistema eletrônico de votação.
As diligências feitas no escopo desse inquérito administrativo subsidiaram a maior parte das provas utilizadas nas ações que acabaram gerando a inelegibilidade do ex-presidente.
Se a PF apresentar novos elementos, essas informações podem embasar outras investigações que implicam o presidente, seja no Supremo Tribunal Federal (STF) ou no próprio TSE.
Nos bastidores, um dos resultados mais celebrados do inquérito administrativo é a desmonetização de canais e publicações que espalhavam notícias falsas ou antidemocráticas.
Segundo a própria PF informou o TSE ao longo da investigação, “há indícios da existência de uma rede de pessoas atuando de forma concertada e sistemática” para descredibilizar as urnas.
As notícias falsas seriam espalhadas em “alto volume” por vários canais, “de forma rápida, contínua, repetitiva e sem compromisso com a verdade”, dificultando esforços institucionais de esclarecimento.
Araújo afirma que o seu antecessor na corregedoria, ministro Benedito Gonçalves, havia dado 90 dias para a PF concluir o caso, mas que o prazo transcorreu e a corporação não se manifestou.
“Diante disso, oficie-se a autoridade policial responsável para informar a esta Corregedoria-Geral os resultados das investigações”, escreveu Araújo.
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