A troca das câmeras de vigilância da penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN) deve terminar no dia 21 de abril. Ao todo, serão instalados 128 novos equipamentos de monitoramento no presídio.
O governo comprou 10 mil câmeras em caráter emergencial. Os aparelhos devem ser instalados até maio nas cinco penitenciárias federais de segurança máxima do país: Mossoró (RN), Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
Relatórios da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senapen) registraram, em momentos diferentes, falhas no sistema de vigilância. Documentos remetidos ao Ministério da Justiça entre 2021 e 2023, inclusive, apontavam “apagões” na rede de monitoramento.
Além das câmeras, serão adquiridos sensores térmicos, de movimento e sísmicos.
Ainda como medida de reforço ao sistema de segurança máxima, serão construídas muralhas em todos os presídios federais. A previsão é que as obras nas unidades sejam concluídas até 2026.
A unidade prisional de Brasília é a única que já possui uma edificação do tipo. A construção tem, aproximadamente, 12 km de extensão e cerca toda a penitenciária.
Essas medidas para reforçar a segurança nas unidades prisionais estão sendo tomadas desde a fuga de dois criminosos do presídio federal de Mossoró.
Na quinta-feira (4), os fugitivos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram recapturados após 51 dias de buscas. Segundo informações de integrantes das forças de segurança, além dos fugitivos, outras quatro pessoas foram presas. Elas seriam responsáveis pela segurança dos criminosos em fuga, que são acusados de integrar o Comando Vermelho.
Ambos retornaram para a penitenciária de Mossoró. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que os protocolos de segurança do presídio no Rio Grande do Norte foram aperfeiçoados e lembrou que a direção da unidade foi substituída.