O sucesso da série Tremembé, lançada recentemente no Prime Video, reacendeu a curiosidade do público sobre um dos métodos psicológicos mais famosos: o Teste de Rorschach, conhecido popularmente como “teste do borrão”.
Na produção, que retrata a rotina de criminosos notórios do país, personagens como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá passam pela avaliação. A cena bastou para que as buscas pelo termo disparassem no Google Trends desde a estreia da série.
O que é o Teste de Rorschach?
Criado entre 1917 e 1921 pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach (1884–1922), o teste consiste em dez pranchas com manchas de tinta simétricas, algumas em preto e branco e outras coloridas. O participante deve observar as figuras e dizer o que enxerga nelas. As respostas são, então, analisadas com base em aspectos como forma, cor, movimento e conteúdo simbólico, o que pode revelar traços de personalidade e funcionamento emocional.
Apesar de seu fascínio visual e histórico, o Rorschach é considerado um teste projetivo, isto é, não mede resultados objetivos. Ele busca interpretar como a mente de uma pessoa organiza percepções ambíguas. Por isso, suas conclusões variam conforme o contexto e o profissional responsável pela análise.Play Video

Originalmente, Rorschach desenvolveu o método para avaliar a percepção de pacientes com esquizofrenia, mas ao longo das décadas o teste ganhou espaço na psicologia clínica e forense.
No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) reconhece o Teste de Rorschach e determina que ele só pode ser aplicado por psicólogos habilitados, utilizando versões validadas pelo Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi).







