O Governo do Tocantins celebra, nesta sexta-feira, 25, a 1ª posição entre os estados da Região Norte do país com maior recuperação de áreas degradadas. A nível nacional, o estado ocupa a 6ª posição no ranking publicado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). De acordo com o Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que avaliou e atestou a metodologia aplicada e os resultados apresentados no levantamento produzido pelo CLP, que cita como fontes os dados do MapBiomas e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a posição do Tocantins reflete os resultados do investimento em um conjunto de medidas robusto para recuperação de áreas degradadas.
“Esse resultado mostra que estamos trabalhando compromissados com o crescimento produtivo e econômico em todo o território tocantinense, de forma que possa garantir o sucesso da nossa estratégia de desenvolvimento sustentável. Seguimos unindo o esforço conjunto de todos os setores, em especial o da produção e do meio ambiente, para transformarmos em ativos ambientais essas áreas, o que agrega valor aos nossos produtos, um requisito que já vem sendo exigido no mercado nacional e internacional”, destaca o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa.
O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, comemora a posição no ranking e atribui o resultado ao investimento que vem sendo realizado por meio do esforço conjunto de programas, projetos e ações promovidas pelo Governo do Tocantins, e desenvolvidas por diversos setores da pasta. “O governador Wanderlei Barbosa determinou a articulação entre os setores e é o que estamos fazendo, além do investimento no conjunto de medidas que transformem em ativos as superfícies impactadas no estado, com a recuperação de áreas degradadas. E o Tocantins imprime no resultado desse ranking o seu compromisso e a dedicação à estratégia da gestão estadual integrada para o desenvolvimento sustentável”, enfatiza o secretário.
A diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Floresta da Semarh, Cristiane Peres, acrescenta que os investimentos realizados no estado avançam com a adoção de medidas e desenvolvimento de tecnologia. “Bem como a incorporação de especialistas para compor a gestão de equipes técnicas desde a estrutura de inteligência ambiental, às ações práticas desenvolvidas por meio de programas e políticas públicas de nossos diversos setores e instituições, em campo”, reitera.
“A publicação indicou o responsável pelo levantamento e a fonte dos dados utilizados, e um padrão na métrica para todas as unidades analisadas, não tendo apenas o período de referência da pesquisa. Vale ressaltar que esse tipo de estudo é extremamente complexo, temos casos semelhantes de estudos que estão sendo desenvolvidos para diversos fins e para uma avaliação precisa, demanda a análise do cruzamento de diversos fatores que podem estar envolvidos em cada unidade, em um determinado período e que pode determinar os resultados mensurados, neste caso, à respeito da recuperação de área degradada”, argumentou o coordenador do Cigma, professor doutor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Marcos Giong.
Medidas estratégicas
De acordo com a diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Floresta da Semarh, Cristiane Peres, entre as medidas estratégicas para recuperação de áreas degradadas, atualmente no Tocantins, encontra-se em fase de elaboração em uma parceria com a Conservação Internacional no Brasil, o termo de referência que vai determinar as diretrizes para elaboração do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Tocantins, esse será o documento base para mapear outras atividades à serem implementadas para fortalecer esse processo de recuperação da vegetação no estado.
Outra medida que a Semarh vem coordenando é o projeto Tocantins Restaura. O estado firmou um protocolo de negociação para restauração florestal na Suíça, especificamente em Villars-sur-Ollon, no dia 25 de janeiro. Este protocolo estabelece a criação desse projeto que visa restaurar áreas degradadas no estado, com um investimento inicial de R$ 120 milhões. A primeira área a ser contemplada com o projeto será o Parque Estadual do Cantão, com a possibilidade de recuperar até 12 mil hectares de área degradada por fogo.
Nesta semana, o Governo do Tocantins divulgou o avanço do projeto Plantando Água para mais uma região do estado, desta vez, a região sudeste. Essa iniciativa do governo estadual é considerada o maior programa de recuperação de nascentes do estado e vai revitalizar áreas de preservação das Bacias Hidrográficas dos rios Santo Antônio e Santa Tereza, Formoso, Lontra e Corda, e Manuel Alves da Natividade. A meta inicial é recuperar um total de 200 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), o que equivale a aproximadamente 286 campos de futebol oficiais, sendo 50 hectares em cada um dos quatro Comitês de Bacias Hidrográficas do estado. A etapa de execução desse projeto, por meio de empresa especializada, foi iniciada em dezembro de 2024 na região sul, onde já foi iniciado o plantio de mudas e assim, o Plantando Água passa a ter ações simultâneas nas duas regiões.
As mudas para esse plantio são produzidas por outra iniciativa do Governo do Tocantins, os viveiros do Centro de Recuperação de Área Degradada do Tocantins (Crad). Atualmente, são quatro unidades instaladas no estado, no municípios de Palmas, Gurupi, Araguatins e Natividade, com capacidade total de produção de 400 mil mudas/ano, o que segundo a Diretoria de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Semarh é suficiente para recuperar 360 hectares de áreas em APPs impactadas.
Nessa iniciativa, o Tocantins soma o investimento total de mais de R$ 1,4 milhão, com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos e a produção das mudas conta com o trabalho dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado e os viveiros, com a parceria da Universidade Federal do Tocantins em Gurupi, do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) em Araguatins, do Colégio Agropecuário em Natividade e da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) em Palmas.
Além dessas iniciativas, o Governo do Tocantins tem programas e projetos desenvolvidos por outros órgãos voltados para a recuperação de áreas ou que têm relação com essa demanda. No estado, existem iniciativas de outras instituições e tudo isso vai ser mapeado no plano estadual de recuperação da vegetação nativa, segundo a diretora Cristiane Peres.
Ranking
O ranking dos estados com maior recuperação de áreas degradadas considera a área total modificada de uso de solo da forma antrópica (agropecuária ou áreas não vegetadas) para a forma natural (floresta ou formação natural não florestal), em relação à área geográfica total. O levantamento foi publicado pelo Centro de Liderança Pública cita como fontes os dados do Mapbiomas e do IBGE.
No mapa, indica os estados em sequência nas seguintes posições: o Espírito Santo e o Maranhão (0,51%), Distrito Federal (0,47%), Goiás (0,44%), Minas Gerais (0,43%), Tocantins (0,42%), Mato Grosso do Sul (0,38%), Sergipe (0,37%), Alagoas (0,35%); abaixo de (0,30%) Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Pernambuco; abaixo de (0,20%) Santa Catarina, Pará, Piauí, Paraná, Rio Grande do sul e Paraíba; e abaixo de (0,10%) Roraima, Rondônia, Rio Grande do Norte, Ceará, Amapá, Acre e Amazonas.