Após 35 anos, o sucesso de “Tieta” voltou às telinhas da TV Globo na última segunda-feira (2). Desde então, fãs e internautas estão movimentando as redes sociais com diversos comentários sobre o enredo escrito por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzoshn e Ricardo Linhares.
No folhetim, o público acompanha a história da jovem Tieta (Claudia Ohana e Betty Faria na primeira e segunda fase, respectivamente) – uma mulher liberal, marcada pela personalidade muito à frente do seu tempo.
De linha de roupas a trilha sonora com grandes nomes da música brasileira, veja abaixo cinco curiosidades de “Tieta”, adaptada a partir romance “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado.
1. A estética de Tieta se transformou em empreendimento
A repercussão do guarda-roupa de Tieta fez com que a protagonista, Betty Faria, lançasse sua própria coleção, batizada de Tieta by Betty Faria, com looks que marcavam a personagem, como modelagens simples, de algodão, peças estampadas, lenços e óculos de sol.
2. Direitos da obra de Jorge Amado
Segundo o Gshow, Betty foi responsável pela compra dos direitos autorais da obra de Jorge Amado. A ideia inicial, no entanto, era produzir uma minissérie, com direção de Roberto Trama, para ser exibida na emissora carioca.Play Video
Além disso, em 1989, durante a estreia de “Tieta”, a atriz ainda estava no elenco de “O Salvador da Pátria”, por esse motivo ela só chegou ao novo folhetim por volta do 20º capítulo.
3. A liberdade de expressão nas novelas brasileiras
Na época, Aguinaldo Silva disse ter investido em uma metáfora sobre a volta da liberdade de expressão.
Ainda na primeira fase, Tieta foi expulsa de casa pelo próprio pai, Zé Esteves, no dia 13 de dezembro de 1968, data em que foi promulgado o AI-5, um decreto editado pelo ex-presidente Arthur da Costa e Silva, quatro anos após o golpe militar de 1964.
O ato é visto como a ação mais dura do regime e marcou o início dos chamados “anos de chumbo”. Na cena, Zé ainda diz: “Faz de conta que esse dia nunca aconteceu”.
4. Djavan, Fagner e mais nomes embalaram a trilha sonora
Além de “Tieta”, na voz de Luis Caldas, a trilha sonora da produção contou com dois volumes e artistas como Fagner, Djavan, Roberta Miranda e outros.
5. Cidade cinematográfica com 46 prédios
Outro destaque da novela se deu pela cidade cinematográfica de Santana do Agreste, construída em uma área de 10 mil metros na zona oeste do Rio de Janeiro. O espaço era formado por 46 prédios, duas igrejas, oito ruas, duas praças, um circo abandonado e 15 ruínas.