Na abertura da bolsa de Chicago desta quinta-feira (16/1), os grãos operam em queda. A soja e o milho, por exemplo, recuam devido a previsões que indicam a possibilidade de chuvas pontuais durante o fim de semana em áreas produtoras da Argentina e do Sul do Brasil, podendo aliviar a seca e evitar perdas que já estão se consolidando, aponta a consultoria Granar.
+Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural
A soja para março opera em queda de 1,37%, a US$ 10,4075 por bushel, enquanto o milho cai 0,68%, a US$ 4,7550 por bushel.
A Bolsa de Comércio de Rosario (BCR) alertou que as condições de seca e estresse térmico-hídrico foram tão graves nos últimos 30 dias que os cenários de alta produtividade estão descartados na Argentina, o que antes das chuvas da primavera permitia pensar em uma faixa de 53 a 53,5 milhões de toneladas de soja com base em rendimentos médios. Além disso, ontem a BCR reduziu sua estimativa de produção de milho de 52 milhões de toneladas para 48 milhões.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta que as vendas líquidas de soja para a safra 2025/26 somaram 569,1 mil toneladas, 27% abaixo da média das últimas 4 semanas. Já as exportações totais foram de 1,47 milhão de toneladas, uma queda de 2% em relação à semana anterior e de 9% em relação à média das últimas 4 semanas.
As exportações de milho alcançaram um recorde para o ano comercial de 1,48 milhão de toneladas, um aumento de 72% em relação à semana anterior. As vendas líquidas de 1,02 milhão de toneladas permaneceram estáveis em relação à média das últimas 4 semanas.
O trigo, por sua vez, recua 1,46%, a US$ 5,3900 por bushel, com a firmeza do dólar em relação ao euro afetando a competitividade americana. Além disso, a entrada da colheita da Austrália e Argentina pressiona o mercado.
As vendas líquidas de trigo totalizaram 513,4 mil toneladas na semana finalizada em 9 de janeiro, 55% a mais que a média das últimas 4 semanas. As exportações da semana totalizaram 196,5 toneladas, uma queda de 53% em relação à semana anterior e de 50% em relação à média das últimas 4 semanas.