A soja para março é negociada em queda de 0,33% na abertura da bolsa de Chicago desta terça-feira (14/1), a US$ 10,4950 por bushel, devido às previsões de safra recorde no Brasil.
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve sua projeção para a safra 2024/25 praticamente inalterada, estimando uma colheita total de 322,3 milhões de toneladas de grãos. Se confirmada, essa será uma nova marca recorde, 8,2% superior à safra 2023/24, o que representa 24,5 milhões de toneladas a mais. Além disso, a Conab prevê que as exportações brasileiras atinjam 105,47 milhões de toneladas, um novo recorde para o setor.
O milho para março, por sua vez, opera em queda de 0,52%, a US$ 4,7400 por bushel, reflexo de uma realização de lucros por parte dos grandes fundos de investimento, após os expressivos aumentos nos últimos dias, que elevaram o preço do grão ao nível mais alto desde junho. No entanto, a escassez de umidade em regiões-chave da Argentina e do Sul do Brasil tem limitado as perdas, segundo a consultoria Granar.
A Conab estima que a produção de milho será de 119,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,3% em relação à safra anterior, com as exportações previstas em 38,5 milhões de toneladas.
O trigo, após os aumentos de ontem, vê seus contratos com entrega para março oscilarem, avançando 0,18% no momento, cotado a US$ 5,4600 por bushel.
As variações se devem à realização de lucros pelos fundos de investimento e à força do dólar em relação ao euro, o que continua a afetar a competitividade das exportações dos Estados Unidos. Além disso, a oferta de trigo da Austrália e da Argentina tem ajudado a compensar a desaceleração das exportações da região do Mar Negro, impactando o mercado global, aponta a consultoria Granar.