Os contratos futuros da soja iniciaram a sessão desta quinta-feira (16/10) em alta na Bolsa de Chicago. Os papéis com vencimento em novembro registram alta de 0,5%, cotados a US$ 10,1150 por bushel.
O avanço é impulsionado por dados divulgados na quarta-feira (15/10) pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos (NOPA), que apontaram um volume de esmagamento de soja em setembro de 5,39 milhões de toneladas. O número superou as expectativas do mercado, que estimavam 5,07 milhões de toneladas, e representa o quarto maior volume mensal da história, com alta de 11,59% em relação ao mesmo período de 2024.
Além dos dados da NOPA, o movimento de alta também é sustentado pela resistência dos produtores norte-americanos em comercializar a soja aos preços atuais e pelas incertezas em relação ao tamanho final da safra dos EUA.
O último relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), divulgado em setembro, projetava a produção em 117,05 milhões de toneladas. No entanto, a paralisação temporária do governo norte-americano impediu a publicação do relatório de outubro e dos boletins semanais de acompanhamento das lavouras, o que mantém o mercado mais conservador e a bolsa operando com menor variação.
O mercado também segue atento às tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após a adoção de novas tarifas e medidas de retaliação entre os dois países.
No mercado do milho, os contratos com vencimento em dezembro apresentam alta de 0,24%, negociados a US$ 4,1775 por bushel. O movimento reflete compras pontuais por parte de investidores, mesmo com o avanço da colheita nos Estados Unidos e a resistência dos produtores em entregar o grão aos preços vigentes. As exportações norte-americanas também têm dado suporte às cotações, com desempenho acima da média necessária para alcançar a meta de vendas do USDA.
Já o trigo opera em baixa de 0,45% nos contratos para dezembro, cotados a US$ 4,9650 por bushel. O recuo acompanha a tendência de fraqueza no mercado global do cereal, influenciado pela oferta abundante de grandes produtores e pela postura cautelosa dos importadores. Além disso, o início da colheita no hemisfério sul, com perspectivas positivas na Austrália e na Argentina, também pressiona os preços.