Representantes de sindicatos organizam o tradicional ato do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, com uma nova abordagem à polêmica que prevê o fim da escala de trabalho 6×1.
Na avaliação de sindicalistas ouvidos pela CNN, o texto desenhado pelo PSOL tem pouca viabilidade no Congresso Nacional. O entendimento é que a abordagem deveria ter como foco a redução de jornada de trabalho, em vez da mudança na escala dos trabalhadores.
Para os representantes das categorias de trabalhadores formais, o estabelecimento de dias específicos de descanso, como o domingo, tem pouca adesão de empresários.
A avaliação leva em consideração especialmente os setores que não podem abrir mão de expedientes aos fins de semana, mesmo em esquema de plantão, como é o caso de indústrias de porte no país.
A defesa da mudança de foco do debate será registrada nos materiais de convocação para os tradicionais atos do dia do trabalhador. A divulgação começa nesta terça-feira (1º de abril), por panfletos e mensagens das redes sociais.Play Video
Nos comunicados, aos quais a CNN teve acesso, há destaque para a redução de jornada de trabalho sem redução salarial, bandeira histórica do movimento sindical. O assunto deve ser abordado nos discursos que serão realizados em algumas capitais.
A defesa pela proposta que amplia a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil também terá protagonismo.
A aprovação do projeto é tratada com prioridade pela gestão do presidente Lula, que tenta encontrar caminhos para reverter a popularidade em queda.
Na tentativa de atrair o público, que teve participação reduzida em 2024, sindicalistas também preparam o sorteio de 10 carros durante no ato marcado para ocorrer na zona norte de São Paulo.
A CNN apurou que a realização da premiação não foi consensual entre os sindicalistas. A novidade provocou divergências com integrantes da Central Única dos Trabalhadores, a CUT.
