Andréa Luiza Collet/Governo do Tocantins
Saberes tradicionais e acadêmicos se encontram durante o 23º Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem, que será realizado de hoje, 8, até o dia 11 de julho, na Universidade Federal do Tocantins, em Palmas. A convite da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), nesta quarta-feira, 9, a partir das 10h, mulheres indígenas e quilombolas compartilharão suas vivências como raizeiras e parteira durante roda de conversa.
As discussões ocorrem a partir do tema “Interfaces da pesquisa em enfermagem na diversidade dos territórios”, reunindo estudantes, profissionais e pesquisadores do Brasil e exterior – este é o quarto ano do evento além fronteiras brasileiras. “Nada mais oportuno do que a presença de mulheres de comunidades originárias e tradicionais que têm como função social cuidar da saúde das pessoas, além da responsabilidade de zelar pelos conhecimentos ancestrais e garantir que sejam transmitidos às novas gerações”, pontua Milene de Souza, diretora de Fomento e Proteção à Cultura da Sepot.
Organizado pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), o seminário tem como proposta promover a valorização da ciência da enfermagem, por meio de debates, conversas e apresentações científicas. Atenção especial recai aos contextos cada vez mais recorrentes de crises e vulnerabilidade social. “A troca de saberes é fundamental para o bom desenvolvimento da pesquisa. Partimos do pressuposto de que ninguém sabe mais ou menos, mas os saberes compartilhados se complementam”, reflete a presidente da ABEn no Tocantins, Joseane Franco.
Cultura
Durante o evento, o público poderá conhecer melhor a cultura dos povos que compõem a população tocantinense. O povo Akwẽ levará para o palco cantos e danças de celebração. Já a comunidade quilombola traz o animado e cativante ritmo da sússia. Mostra e venda de artesanato produzido nos territórios também estará disponível.