A Seleção Brasileira foi convocada para os jogos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. Após o fiasco na Copa América, algumas novidades chamam a atenção positivamente na lista apresentada pelo técnico Dorival Júnior. As principais, no ataque. Já no meio-campo, o Brasil segue sem referências, o que preocupa – e muito.
As novidades no ataque do Brasil, em relação à Copa América, são Pedro, do Flamengo, Luiz Henrique, do Botafogo, e Estevão, do Palmeiras. Convocações óbvias. O campo gritava pela presença deles. Pedro é o melhor camisa 9 brasileiro há muito tempo. Luiz Henrique é o principal atacante do momento no país, e Estevão o grande talento jovem.
Mas é no setor que responde pela criatividade e organização que o momento do Brasil é preocupante.
Foram chamados André (Fluminense), Gérson (Flamengo), João Gomes (Wolverhampton), Bruno Guimarães (Newcastle), Lucas Paquetá (West Ham) e Rodrygo (Real Madrid).
André é um meio-campista mais recuado, de ótima dinâmica de jogo. Gérson é um “camisa 8” de grande capacidade técnica e leitura tática, que voltou a jogar bem no Flamengo. João Gomes e Bruno Guimarães fazem sucesso em seus clubes na Inglaterra, mas foram mal na Copa América. Meias criativos são apenas dois: Paquetá e Rodrygo. Paquetá fez uma Copa América decepcionante e lida com a acusação de fraude relacionada a apostas esportivas. Rodrygo é um meia que migra bem do lado para o meio do campo e ainda não jogou pela Seleção o que faz pelo Real.
Na Copa América, parâmetro para as Eliminatórias, Uruguai, Colômbia e Argentina foram melhores que o Brasil no meio-campo. James Rodriguez, que foi um fracasso retumbante no São Paulo, jogou muito pela Colômbia. Arrascaeta e De La Cruz são uruguaios que jogariam no time brasileiro, e a Argentina tem MacAllister e De Paul, meio-campistas que estão acima dos brasileiros. Messi não foi convocado pela Argentina para as Eliminatórias e pertence a outra liga de jogadores.
O desafio é provar que os brasileiros chamados para o meio-campo são capazes de oferecer controle de jogo e criatividade para abastecer um ataque rápido e talentoso.
A convocação de Dorival é uma mescla de jogadores que atuam na Europa com os que jogam no Brasil. Os “europeus” estão em inicio de temporada e os brasileiros, do meio para o final.
A situação do Brasil na classificação das Eliminatórias é preocupante. A rodada pode ser fantástica ou terrível. O Equador tem 8 pontos, um a mais que o Brasil; e o Paraguai soma 5.