O programa Acredita busca reestruturar o mercado de crédito do país ao oferecer novas possibilidades para autônomos e pequenos empreendedores.
Em entrevista à CNN, Décio Lima, presidente da Sebrae, explica que a entidade irá atuar como uma “porta de entrada” ao mercado financeiro para o empreendedor.
“A Sebrae entra num outro patamar. Nós estamos oferecendo nesse momento um fundo garantidor, que é o maior da história ao setor”, diz Lima.
A entidade apresentou R$ 2 bilhões para o fundo garantidor de crédito do Acredita. Com as renegociações de dívidas, a expectativa da Sebrae é de que sejam viabilizados até R$ 30 bilhões em crédito para MEIs, Micro e Pequenas Empresas ao longo dos próximos três anos.
Lima reforça que um dos objetivos do programa é trazer o empreendedor da informalidade para a formalidade.
“[Buscamos] abrir as portas do sistema financeiro com a garantia do crédito para que esse setor possa impulsionar ainda mais a economia do nosso país. A porta é o Sebrae.”
Entre as ações anunciadas pelo governo na segunda-feira (22), estão uma medida provisória (MP) elaborada pela equipe econômica, em conjunto com o Ministério do Empreendedorismo, que cria linhas de crédito para microempreendedores individuais (MEIs) e microempresas com faturamento de até R$ 360 mil.
Segundo o governo, o setor terá acesso a uma linha de crédito especial chamada Procred 360, com taxas de juros competitivas.
Além da linha de crédito, a medida provisória também institui o Desenrola Pequenos Negócios, que vai permitir a renegociação de dívidas para MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte.
O lançamento do programa Acredita foi adiado duas vezes. Segundo apurou a CNN, os pontos do programa passaram por uma reformulação nos últimos dias com foco em programas de crédito voltado para os mais pobres.
Afim de ampliar o acesso ao crédito, o programa conta com apoio também do BNDES, das cooperativas de crédito, bancos de desenvolvimento regional, além dos bancos públicos e privados.
Atualmente, o país tem cerca de 15 milhões de microempreendedores individuais. Esses MEIs somados às Micro e Pequenas Empresas representam 95% das empresas brasileiras.
De acordo com o presidente da Sebrae, 80% desse setor não tem acesso ao crédito, uma vez que não há garantia e aval. “A partir desse momento o Sebrae vai oferecer a garantia.”
Comentários sobre este post