A atriz Scarlett Johansson, 40, revelou que nem sempre se sentia realizada ao interpretar a Viúva Negra nos filmes da Marvel. A estrela de Hollywood, que interpretou a personagem em superproduções do estúdio, como “Os Vingadores“, “Capitão América: O Soldado Invernal“, “Vingadores: Era de Ultron“, “Vingadores: Guerra Infinita” e em seu próprio spin-off, “Viúva Negra“, confessou que seu trabalho deixava de ser criativo e virava apenas uma peça para movimentar a trama quando contracenava com muitos artistas de peso nos blockbusters.
“Alguns dos filmes da Marvel exploraram melhor a minha personagem do que outros. Como ‘Capitão América: O Soldado Invernal’, com o Chris [Evans], onde tínhamos uma dinâmica muito forte. Em outros filmes, o elenco era tão gigantesco e havia tanta trama a ser contada que você começa a se sentir como uma peça para mover a história”, começou ela em entrevista à revista Interview.
“E quando você está comprometida por cinco meses e meio com isso, é tipo: ‘Ok. Não posso pintar minhas unhas, não posso cortar o cabelo’. Parece bobagem, mas sua identidade fica muito atrelada a esse trabalho por bastante tempo. E se você não está fazendo algo que te deixa envolvida como atriz, começa a se sentir um pouco presa às vezes”, completou a artista.Play Video
Durante a entrevista, Scarlett Johansson conversou com o ator David Harbour, 50, com quem contracenou em “Viúva Negra”. O astro relatou que se identifica com a sensação da colega, após quase 10 anos atuando na série “Stranger Things“, da Netflix.
“É a mesma coisa com essa série. Tem temporadas em que você pensa: ‘Vou seguir por um caminho diferente’. Mas, como você disse, uma parte da sua mente está ocupada com esse grupo de pessoas e esse enredo. Eu não pinto as unhas, mas entendo a ideia de: ‘não posso cortar o cabelo’ ou ‘não posso raspar esse maldito bigode'”, brincou.
Sobre o fim da série de ficção científica após cinco temporadas, David refletiu: “Quando comecei, amava aquilo. Amigos meus que fizeram séries por muitos anos diziam: ‘Na terceira ou quarta temporada, você já vai querer sair’. E eu pensava: ‘Jamais! Amo demais essa galera’. Mas aí você chega num ponto em que pensa: ‘Ainda tem mais história para contar?’ Você começa a repetir as mesmas emoções e sente: ‘quero arriscar algo, quero fazer algo que as pessoas não tenham me visto fazer ainda’. Então, sim, depois de 10 anos, é tipo: ‘Ok’.”