As empresas brasileiras exportaram 158,5 mil toneladas de arroz (base casca) em março de 2025, com receita de US$ 45,3 milhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O volume cresceu 86% em relação ao mesmo mês do ano passado e 153% na comparação com fevereiro. A receita aumentou 5% na comparação anual e 109% na relação mensal.
“Neste ano, o principal item exportado foi o arroz em casca, matéria-prima com menor valor agregado, enquanto em 2024 predominou o arroz branco. Por isso, observamos essa discrepância entre volume e receita”, avalia, em nota, o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan. “O crescimento do volume de arroz em casca exportado está diretamente relacionado à colheita da nova safra, que resultou em maior oferta no mercado”, acrescenta.
Os envios de arroz beneficiado pela indústria ao exterior somaram 84,3 mil toneladas em março, com receita correspondente a US$ 27,5 milhões. Em volume, as vendas se mantiveram estáveis na comparação com o mesmo período do ano anterior; já em receita, houve queda de 36,3%. Em março, o Senegal foi o maior comprador do cereal brasileiro, seguido por Venezuela e México.
No ano, as vendas brasileiras de arroz ao exterior cresceram 19,5% em volume e chegaram a 33,7 mil toneladas. Em receita, caíram 1,1%, para US$ 103 milhões. México, Senegal e Nicarágua foram os principais destinos do arroz brasileiro em 2025.
Importações
Em relação às importações, o Brasil comprou, no mês passado, 117 mil toneladas de arroz (base casca), com desembolso de US$ 32,5 milhões. Houve queda de 4,4% nas importações se comparado ao montante adquirido no mesmo mês de 2024. Em termos de valor, a redução foi de 33%.
No ano, as importações recuaram 18,9% em volume, com 387,9 mil toneladas adquiridas, e 38,6% em receita, com um desembolso total de US$ 119,1 milhões.