O Conselho de Ética da Câmara abriu nesta quarta-feira, 10, um processo que pode levar à cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes do asssassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). Em 2018, a parlamentar e o motorista Anderson Gomes foram executados em uma emboscada no Rio de Janeiro.
TOCANTINENSE PODE SER O RELATOR
Durante a reunião, o presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), sorteou uma lista com três nomes de possíveis relatores para o caso de Brazão. Os parlamentares sorteados foram o tocantinense Ricardo Ayres (Republicanos), além de Bruno Ganem (Podemos-SP) e Gabriel Mota (Republicanos – RR). Até a próxima semana, um dos parlamentares será escolhido para conduzir as apurações.
LEMBRA “TROPA DE ELITE”
Ricardo Ayres já fez um duro discurso após a revelação do envolvimento no crime de Chiquinho Brazão; do irmão do deputado, Domingos Brazão, conselheiro da Corte de Contas; e de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. “O que vemos agora na TV, infelizmente, é uma dura realidade. Isso me lembra um pouco, ali, o filme “Tropa de Elite”, onde se mostrou um claro conluio entre a polícia, entre a política, para a prática de crimes. Nós devamos ser aqui o Capitão Nascimento [personagem do filme] para fazer valer a justiça e não a aplicação da lei fria como está. Nós precisamos dar um basta à impunidade. Nós não podemos permitir que o poder político se associe à criminalidade, porque o que estará em jogo aqui é a própria condição de existência do Estado”, afirmou.