A operação de resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, de 24 anos, que morreu enquanto fazia uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, foi finalizada na manhã desta quarta-feira (25), segundo informações do Parque Nacional do Monte Rinjani.
Em nota publicada nas redes sociais, o parque afirmou que o processo de evacuação da vítima foi realizado de forma intensiva e concluído com extremo cuidado. A operação para a retirada do corpo durou, ao todo, mais de 14 horas.
A equipe de socorristas iniciou os procedimentos e preparações para a retirada do corpo por volta das 06h da manhã de hoje (25), no horário local — 19h de ontem (24) no Brasil.
Por volta das 13h50 do horário local (2h da manhã no Brasil), o corpo de Juliana foi içado até uma base, um ponto de ancoragem da trilha. Posteriormente, às 15h50 (4h50 da manhã no Brasil), os socorristas chegaram com a vítima em Pelawangan, que é o ponto de chegada de algumas trilhas do Monte Rinjani. De lá, eles iniciaram a descida até o posto de Sembalun, no início da trilha.
Às 20h40 (9h40 no Brasil), o corpo de Juliana chegou ao posto de Sembalun e, posteriormente, foi levado ao Hospital Bhayangkara.
“Essa evacuação envolveu a colaboração entre diversas instituições e voluntários, atuando em um terreno extremamente difícil e sob condições climáticas instáveis. Manifestamos nossa mais profunda gratidão pela dedicação de toda a equipe envolvida nesta missão humanitária. Que os próximos processos ocorram sem obstáculos, e que a família enlutada encontre força e consolo”, completa a nota do parque.
Entenda: como é a trilha de vulcão na Indonésia onde brasileira morreu
Em entrevista a uma TV local, o chefe da Basarnas (Agência Nacional de Busca e Resgate), Marechal Muhammad Syafi’i, afirmou que o processo de repatriação do corpo para o Brasil será organizado posteriormente pelas autoridades competentes.
A CNN entrou em contato com a família da vítima e com o Itamaraty para saber como ocorrerá o traslado, mas ainda não houve retorno.
Relembre o caso
A brasileira Juliana Marins, de 24 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (24), após quatro dias desaparecida no vulcão Rinjani, na Indonésia.
A jovem, natural de Niterói (RJ), caiu durante uma trilha na última sexta-feira (20), sofrendo uma queda de aproximadamente 300 metros. A confirmação do óbito foi feita pela família e pelo Itamaraty.
Juliana, dançarina de pole dance e publicitária formada pela UFRJ, estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, tendo passado por Filipinas, Tailândia e Vietnã. O acidente ocorreu enquanto ela e uma amiga realizavam uma trilha no vulcão Rinjani. Em um vídeo gravado antes da queda, as jovens comentaram que a vista “valeu a pena”.
Após a queda de cerca de 300 metros, Juliana inicialmente conseguia mover os braços. Cerca de três horas depois, turistas a avistaram e contataram a família, enviando a localização exata e imagens.
Durante as buscas, a família mobilizou as redes sociais e o assunto se tornou um dos mais comentados na internet. A página criada pela família para informar e repercutir as diversas demandas dos envolvidos ganhou milhares de seguidores em poucas horas, alcançando a marca de 1,2 milhão de seguidores.
A família relatou que Juliana ficou desamparada por quase 4 dias aguardando resgate, “escorregando” montanha abaixo.
Antes de ser alcançada, a jovem foi vista diversas vezes em pontos diferentes. Via drone, Juliana foi avistada pela última vez, antes de ser encontrada morta, cerca de 500 metros penhasco abaixo, visualmente imóvel. Posteriormente, o corpo foi encontrado a cerca de 650 metros de distância do local da queda.