A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins realizou, na tarde desta terça-feira, 6, em Palmas, uma coletiva de imprensa com o objetivo de divulgar o balanço da operação “Renorcrim” que resultou em várias prisões de pessoas envolvidas com a criminalidade e na desarticulação de organizações criminosas, que atuavam em diferentes regiões do Tocantins. A Operação foi realizada por unidades especializadas da Polícia Civil, no período de 21 de abril a 2 de maio.
A Renorcrim (Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas) é uma iniciativa coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi).
O Tocantins integrou a ação com foco no combate ao crime organizado, tráfico de drogas, crimes patrimoniais, ambientais e corrupção. No ciclo operacional, foi possível desarticular células criminosas, interromper atividades ilícitas e realizar prisões estratégicas que reforçam o compromisso da Polícia Civil na promoção da segurança pública.
O secretário Bruno Azevedo fez um apanhado geral da operação e exaltou os números alcançados, por meio do eficiente trabalho investigativo realizado pela Polícia Civil do Tocantins. “Os resultados obtidos são extremamente importantes, não apenas pela quantidade de operações realizadas e pelas prisões e apreensões efetuadas, mas também porque essa operação integrada atua no combate a diversos crimes graves em nosso Estado, atingindo células de organizações criminosas. Então, ela é uma operação extremamente importante justamente por essa diversidade que ela ataca, desde crimes do colarinho branco até crimes comuns que afligem a nossa sociedade”, destacou.
Resultados gerais
O delegado-geral da Polícia Civil, Claudemir Luiz Ferreira, destacou que a PC-TO obteve resultados expressivos graças ao empenho das equipes policiais envolvidas e à coordenação estratégica das divisões especializadas. Durante a operação Renorcrim, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, realizadas dez prisões em flagrante, cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, sendo alguns com sequestro de bens. Também foram 17 inquéritos policiais relatados e mais nove inquéritos instaurados.
“Consideramos muito expressivos os números obtidos durante essa etapa da operação Renorcrim, não só pela quantidade de prisões mostradas aqui, a quantidade de drogas apreendidas, bens bloqueados, mas principalmente porque, por meio de operações como esta, nós evitamos muitos outros crimes que poderiam vir a acontecer”, destacou.
Apreensões realizadas
Também foram apreendidos 4,1 kg de maconha, 1,7 kg de cocaína, uma arma de fogo e oito munições, R$2.678,00 em espécie, 29 telefones celulares e R$327.155,37 bloqueados judicialmente. “Esses números evidenciam não apenas a quantidade, mas a qualidade e relevância das ações realizadas, impactando diretamente as atividades de grupos criminosos atuantes no Estado”, frisou o delegado-geral.
As ações da Divisões Especializadas da PC/TO nesta 2ª etapa da operação Renorcrim foram coordenadas pela Diretoria de Repressão ao Crime Organizado (DRACCO) que atuou de forma integrada e estratégica.
O diretor da DRACCO, Afonso Lyra, destacou que durante esse ciclo operacional foram diversas as ações realizadas para o enfrentamento das organizações criminosas no Estado, que impactaram o crime organizado violento, o tráfico de drogas, homicídios, facções criminosas, mas também os crimes do colarinho branco, sendo que a Polícia Civil conseguiu dar vazão a investigações de grande vulto relacionados a desvios de recursos públicos.
“O balanço que se faz é que a operação foi um sucesso na medida que conseguiu desempenhar várias ações destacando aí de combate ao crime organizado, homicidas presos nesse período, casos de extorsão mediante sequestro que foi resolvido durante esse período, entre outras ações, como a desarticulação de organização criminosa que atuava também no campo”, frisou.
Segurança no campo
O delegado-chefe da Deleagro, Gustavo Henrique da Silva Andrade, falou sobre a atuação da Unidade Especializada na Operação Evolution, que desmantelou uma organização criminosa especializada em crimes patrimoniais no setor do agronegócio. As investigações resultaram em prisões estratégicas e na recuperação de ativos desviados, reduzindo o impacto financeiro causado por essas práticas criminosas. “Com essa atuação eficiente, nós conseguimos garantir a tranquilidade para o produtor rural, que pode sempre contar com a firme atuação da Polícia Civil, no combate aos crimes ocorridos no campo”, disse.
Combate à corrupção
O delegado-chefe da Delegacia Especializada de Repressão a Corrupção (DECOR), Guilherme Rocha Martins, destacou a participação da unidade na conclusão da primeira fase da operação Via Avaritia, que investiga crimes contra a Administração Pública, incluindo corrupção e desvio de recursos. A equipe reuniu um conjunto robusto de provas que embasarão novas etapas investigativas e responsabilizações penais e administrativas.
“É uma satisfação ter a Decor integrando essa operação Renorcrim, pois conseguimos concluir uma importante operação que desarticulou um grande esquema de desvios de recursos públicos. Assim, essa atuação demonstra uma postura de uma polícia de Estado que atua firme no combate à corrupção”, pontuou.