O deputado federal e relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), falou sobre a possibilidade de convocar ex-presidentes para prestarem depoimentos na comissão.
A declaração ocorreu em resposta a um questionamento sobre um pedido protocolado para a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Gaspar defendeu que, caso haja concordância entre os membros da comissão, todos os ex-presidentes deveriam ser chamados para prestar esclarecimentos.Play Video
“Se todos concordarem, a Dilma, o Temer, o Bolsonaro e o Lula estariam esclarecendo essas questões perante o povo brasileiro, não vejo nenhum problema”, afirmou.
Princípio da Igualdade
O relator enfatizou a importância de manter a equidade no processo de investigação.
“Nós só temos que agir com o princípio da igualdade. Se vai chamar um ex-presidente, vamos chamar a todos”, destacou Gaspar, reforçando seu posicionamento sobre a necessidade de tratamento igualitário.
A CPMI do INSS foi instaurada para investigar possíveis irregularidades e fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social, buscando esclarecer questões relacionadas à gestão da autarquia durante diferentes administrações.
Cronologia das investigações
A CPMI pretende examinar as gestões do INSS e do Ministério da Previdência desde o período do governo Dilma, passando pelas administrações de Michel Temer e incluindo as gestões mais recentes. O objetivo é identificar a origem das fraudes e determinar as responsabilidades tanto de servidores públicos quanto de ocupantes de cargos políticos.
Uma série de requerimentos já foi apresentada à comissão, incluindo pedidos de convocação e convites para depoimentos. O presidente da CPMI planeja realizar uma análise criteriosa desses documentos para estabelecer as prioridades nas investigações, mantendo o foco nos aspectos técnicos e evitando disputas ideológicas.
A investigação buscará compreender o funcionamento dos mecanismos de fraude no sistema previdenciário e identificar possíveis falhas nos processos de fiscalização e controle ao longo dos diferentes governos. A comissão também deverá avaliar o nível de conhecimento e eventual omissão dos gestores que ocuparam posições de liderança no órgão durante o período analisado.