A receita da Argentina com exportações de grãos e derivados somou US$ 25,09 bilhões em 2024, segundo a Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina (Ciara) e o Centro de Exportadores de Grãos (CEC), entidades que representam 48% das exportações gerais do país. Esse valor representa um aumento de 27% em relação a 2023.
Em dezembro, as empresas do setor liquidaram vendas em um total de US$ 1,97 bilhão, com aumento de 58% em relação ao mesmo mês de 2023, mas uma queda de 1,6% em relação a novembro de 2024.
“O resultado cambial de dezembro representa um bom ritmo de vendas de grãos pelos produtores, do início da colheita de trigo e cevada, assim como de um sólido programa de processamento de soja para embarques de farelo e óleo de soja”, explicaram as entidades, em relatório.
“Os preços internacionais não acompanharam a melhoria da produção, caso contrário os valores totais anuais poderiam ter sido superiores”, completaram, no texto.
As receitas do setor na Argentina são produzidas com bastante antecedência da exportação, uma antecipação que gira em torno de 30 dias no caso da venda de grãos e chega a 90 dias no caso das exportação de óleos e farinhas proteicas. Essa antecipação também depende da época da safra e do grão em questão.
O complexo oleaginoso-cereal, incluindo o biodiesel e seus derivados, contribuiu com 50,1% do total das exportações da Argentina em 2023, de acordo com a Ciara-Cec. O principal produto de exportação da Argentina é o farelo de soja (12% do total), seguido pelo milho (11%) e óleo de soja (6,9%).