A Raízen precisa “voltar ao básico” e rever sua alocação de capital e seu crescimento, na avaliação do BTG, em relatório divulgado nesta segunda-feira (20/1).
No documento, assinado pelos analistas Thiago Duarte, Guilherme Gutilla, Pedro Soares, Henrique Pérez e Gustavo Fabris, banco avalia que o sentimento do mercado só deve melhorar “quando os investidores vislumbrarem a tão necessária desalavancagem do balanço, a rotação de ativos do portfólio e os impactos das mudanças internas”.
Entre os ativos que se espera que haja alguma realocação estão os de etanol de segunda geração (E2G). Os analistas do BTG observaram que mesmo o E2G, que já foi o “principal direcionador de crescimento da Raízen, agora está sendo reconsiderado”.
Os números de prévia operacional do terceiro trimestre, divulgados na sexta-feira à noite, indicaram que o resultado financeiro veio pior que o esperado.
Os preços de venda do açúcar, por exemplo, que ficaram em R$ 2.500 a tonelada, deve ter sido impactado negativamente pelos volumes da commodity comercializada de terceiros, segundo os analistas. O BTG deve revisar para baixo suas projeções de resultado da Raízen para esta safra 2024/25.