O executivo da Fast Shop, Mario Otávio Gomes, foi preso, nesta terça-feira (12), em uma operação do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), que investiga um sofisticado esquema de corrupção e propina.
Segundo o Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos), o esquema que fraudava o ressarcimento de créditos de ICMS começou em maio de 2021 e favoreceu empresas como Fast Shop e Ultrafarma, de Sidney Oliveira, empresário que também foi preso durante a operação.
Mario atuava como diretor estatutário há mais de 10 anos na Fast Shop, além dos mais de 30 anos de empresa, e teria facilitado a contratação da Smart Tecs para, supostamente, prestar serviços tributários. Entre 2022 e 2024, a empresa contratada teria recebido mais de R$ 1 bilhão em transações com a varejista, segundo relatórios da Receita Federal.
Ele é apontado como o principal responsável dentro da Fast Shop por negociar o contrato, por meio do qual a propina era paga ao auditor da Receita Estadual de São Paulo, Artur Gomes da Silva Neto.
No mesmo período da transação bilionária, mais de 200 mensagens entre Mario e o auditor, relacionadas aos serviços criminosos prestados por ele. A Smart Tecs estaria no nome da mãe de Artur e funcionava como uma empresa de fachada para as ações do grupo criminoso.
O executivo da Fast Shop é apontado como um dos líderes do esquema criminoso e, assim como os outros envolvidos, poderá responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Em nota, a assessoria da varejista afirmou não ter acesso ao conteúdo da investigação e disse que colabora com o fornecimento de informações às autoridades.
A CNN entrou em contato com a Ultrafarma e com as defesa de Sidney Oliveira, Mario Otávio Gomes e Artur Gomes da Silva Neto, mas ainda não houve retorno. O espaço segue aberto.