A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou que o piloto do balão que caiu em Santa Catarina no dia 21 de julho, teve seu pedido para licença de “Piloto de Balão Livre” negado devido à falta de comprovação de instrução na época.
Segundo a agência, o homem identificado como Elves de Bem Crescencio tem o cadastro de aerodesportista, conforme requerido pelo RBAC (Regulamento Brasileiro de Aviação Civil) nº 103, mas não possui a autorização exigida para a operação de balões.
À CNN, a advogada do piloto, Aline Marques, informou que os documentos recentemente disponibilizados pela Anac estão em fase de análise para o esclarecimento do caso.
O inquérito da Justiça de Santa Rosa do Sul é investigado pelo Ministério Público de Santa Catarina, e tramita sob sigilo.
Relembre o caso
Ao menos oito pessoas morreram após um balão pegar fogo no ar e cair próximo a um posto de saúde, no município de Praia Grande, no sul de Santa Catarina, na manhã do dia 21 de junho.
Segundo informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, 21 pessoas estavam dentro do balão — incluindo o piloto —, das quais 13 sobreviveram. Elas foram encaminhadas a hospitais próximos pelas equipes de bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A corporação afirmou que as vítimas foram atendidas, procuradas e avaliadas pelas equipes de bombeiros.
Para a polícia, o incêndio ocorreu devido a um maçarico auxiliar que estava dentro do cesto e serve para iniciar a chama do balão principal. A versão foi relatada por testemunhas ouvidas pela corporação, incluindo o piloto, que foi um dos sobreviventes.
Ao perceber o início do fogo, o piloto conseguiu realizar uma descida de emergência, chegando próximo ao solo. Neste momento, 13 pessoas, incluindo ele, conseguiram saltar do cesto.
No entanto, com o alívio do peso, a estrutura subiu de forma repentina, levando as outras oito pessoas, que não conseguiram desembarcar a tempo.