Os líderes do PT (Partido dos Trabalhadores) no Congresso, deputado Lindbergh Farias (RJ) e senador Randolfe Rodrigues (AP), pediram nesta quinta-feira (17) a prisão preventiva do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por obstrução de Justiça e atentado à soberania nacional. O documento foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) no inquérito no qual o parlamentar licenciado já é investigado.
Os parlamentares pedem que o Eduardo Bolsonaro seja investigado por coação no curso do processo, obstrução de Justiça, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, atentado à soberania nacional e crime militar de entendimento com país estrangeiro para gerar conflito ou divergência com o Brasil.
Segundo os parlamentares, desde a ida aos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro tem provocado “uma série de atos públicos e articulados que se revelam de gravíssima repercussão institucional e lesivos à soberania nacional”.
Os congressistas frisam que documentos, notas oficias e declarações de autoria de Eduardo mostram o envolvimento dele com a sanção econômica anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que taxará o Brasil em 50% sobre as exportações a partir de agosto.
“Tais condutas caracterizam verdadeiro ato de traição à Pátria, ao instrumentalizar poder estrangeiro para retaliar decisões soberanas do Judiciário brasileiro, gerar impacto econômico negativo à produção nacional e ameaçar membros do STF e da PGR [Procuradoria-Geral da República]”, dizem no documento.
A CNN tenta contato com o deputado licenciado.
Ontem, em entrevista à CNN, Eduardo Bolsonaro afirmou que está disposta a sacrificar seu mandato. “Estou disposto a sacrificar o meu mandato para trabalhar para o povo brasileiro aqui nos Estados Unidos. Não vejo clima para retornar ao Brasil e ser preso”, disse.