A gestão da Unidade Penal Regional de Paraíso do Tocantins está promovendo o Projeto “Agentes Promotores de Saúde”, inspirado no sucesso de iniciativas semelhantes em outras unidades penais do Brasil, como a Unidade Penal Regional de Palmas-TO.
O Projeto em questão visa educar os privados de liberdade sobre questões de saúde, desde a prevenção de doenças até noções de primeiros socorros e promoção da saúde, tomando-os aptos a colaborar nas ações de saúde promovidos na Unidade. O gestor, Leandro Sá, afirma que o mesmo “melhora o fluxo e a qualidade das informações para que sejam realizados rastreios e acompanhamento continuado dos tratamentos, além de colocar o privado de liberdade em experiências que exigem responsabilidade social, contribuindo para o seu convívio social”.
O “Agentes Promotores de Saúde”, desenvolvido em parceria com as equipes de Assistência em Saúde Prisional e de Atenção Primária Prisional, tem como base princípios fundamentais, incluindo respeito aos direitos humanos e integralidade da atenção à saúde. Além disso, está alinhado com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP).
Objetivo
Com uma carga horária de 100 horas, o programa abrangeu uma variedade de tópicos, desde conceitos básicos de saúde até acompanhamento de tratamentos de doenças não transmissíveis. As aulas, ministradas por profissionais qualificados, combinam teoria e prática, utilizando metodologias ativas para garantir uma aprendizagem eficaz.
No geral, o Projeto Agentes Promotores de Saúde busca construir um sistema prisional mais humanizado e eficaz, com foco na prevenção de doenças, promoção da saúde e agilidade no atendimento às demandas de saúde. A meta é criar condições de saúde para que os custodiados não apenas se recuperem, mas também sejam capazes de se reintegrar à sociedade de forma positiva.
“Eu acho que é uma melhoria para nós que estamos privados de liberdade, de aprimorar o nosso conhecimento em relação à área da saúde. Porque querendo ou não, de uma forma ou outra, a gente precisa aqui. Para socorrer um colega de cela, socorrer um colega que está trabalhando com a gente”, afirmou um dos custodiados que participou.
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