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Home Agricultura e Pecuária

Produtores reforçam renda com leite de cabra no interior da Paraíba

Globo Rural por Globo Rural
25/10/2025
em Agricultura e Pecuária
Tempo de leitura: 6 minutos
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Produtores reforçam renda com leite de cabra no interior da Paraíba

Caprinocultor Irandy Roberto, de Monteiro (PB) — Foto: Paulo Santos

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O clima quente e seco do Cariri da Paraíba nunca foi um empecilho para a principal atividade pecuária da região, a caprinocultura. Nos últimos 20 anos, a atividade passou por uma verdadeira transformação na região. Se antes ela era usada apenas como meio de subsistência, hoje é certeza e lucro para quem investe em boas práticas e melhoramento genético.

As pequenas criações do passado deram lugar a estruturas organizadas e com processos detalhados de produção, como é o Capril CPNet, do caprinocultor Irandy Roberto.

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“Aquele conceito que meus avós tinham de criar animais apenas para vender a carne mudou muito. Hoje são muitas opções. Você pode tanto vender leite e seus derivados, como também reprodutores e comercializar genética”, conta Irandy Roberto.

Ele recebeu a reportagem em seu capril, localizado em Monteiro, município paraibano que lidera a produção nacional de leite de cabra. São 1,8 milhão de litros por ano. Monteiro também possui o maior rebanho de caprinos do Estado, com mais de 40 mil cabeças, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em sua propriedade, Roberto possui 270 caprinos das raças saanen e alpina americana. A fazenda foi inaugurada em 2019, na sequência ele decidiu investir em sêmen importado da França. O país é uma das referências em genéticas de caprinos no mundo.

Referência na região

O tempo tratou de mostrar o resultado desse investimento. Os 25 litros de leite produzidos por dia no início se transformaram em 300 atualmente. Paralelamente, o material genético francês fez do caprinocultor uma das referências na produção de leite de cabra na região.

Os milhares de troféus e medalhas cuidadosamente organizados em um cômodo próximo à fazenda são uma amostra disso.

A última conquista chama a atenção. Durante a Expo Monteiro 2025, realizada em setembro, a cabrita Faustina bateu o recorde mundial de produção diária de leite, com quase 15 quilos (15 litros). O animal, nascido a partir do sêmen importado da França, foi vendido recentemente por R$ 50 mil. São R$ 200 mil por mês de faturamento apenas com a comercialização de animais.

“Para mim esse é um mercado bem rentável. Investi um pouco no começo e toda essa estrutura que você está vendo aqui, casa e caminhão, foi obtida com o trabalho que realizamos desde 2019”, detalha Roberto.

Enquanto as cabras são vendidas para caprinocultores de todo o Brasil, a maior parte da produção da CPNet é vendida para a Capribom, cooperativa responsável por captar quase a totalidade do leite de cabra de Monteiro e municípios vizinhos. A cooperativa recebe diariamente 20 mil litros.

Irandy Roberto vende cabras para diferentes regiões do país — Foto: Paulo Santos
Irandy Roberto vende cabras para diferentes regiões do país — Foto: Paulo Santos

Ganhos de produtividade

Rubens Remígio, gerente de negócios da Capribom, disse à reportagem que até o início dos anos 2000, a produção de leite de cabra em Monteiro necessitava de incentivo. À época, ele comandava a secretaria de Agricultura de Monteiro, e ao reunir caprinocultores da região detectou gargalos na atividade. Segundo ele, a produção de leite de cabra não se desenvolvia, pois faltava assistência técnica e estruturação da cadeia de produção.

“Os produtores cresceram muito economicamente nos últimos anos. Mas isso só foi possível porque descobriram que produzir sem qualidade não traz rentabilidade. Para fornecer leite aqui, o caprinocultor tem que fazer pelo menos uma capacitação por ano. Ele deve entender sobre aspectos básicos do manejo, que vão desde a alimentação aos controles sanitários. E dá para dizer que eles estão fazendo tudo isso com maestria”, afirma Remígio.

Nas últimas duas décadas, a Capribom testemunhou o ganho de produtividade dos produtores da região, e o rendimento saltou de 800 milímetros de leite por animal ao dia para uma média atual de três litros. Um desempenho que também gerou ganho financeiro.

“Em 2000, a renda bruta dos caprinocultores de leite era de meio salário mínimo. Hoje esse número subiu para dois salários mínimos, e a nossa projeção é que ela alcance R$ 5 mil por mês em 2027”, projeta Remígio.

A pouco mais de 130 quilômetros de Monteiro, está o município de Cabaceiras, que também tem grande destaque na caprinocultura estadual. Mas a pujança na produção de leite de cabra foi conquistada a duras penas, e só deslanchou com o trabalho feito pela Cooperativa dos Capribovinocultores de Cabaceiras e Região (Capribov).

Henri Pombo, diretor administrativo da Capribov, relembra que no início das operações da cooperativa, em 2001, era comum o leite de cabra ter mau cheiro e, portanto, alguma rejeição pelos consumidores.

“Era uma maneira rústica de se obter o leite de cabra no passado. Tivemos que fazer um trabalho em conjunto com agentes de desenvolvimento rural à época para explicar que o produtor deveria sempre deixar o curral limpo. Ele também precisaria cortar as unhas e limpar os tetos do animal para fazer a coleta do leite, e ainda deixar os bodes junto das fêmeas apenas na hora da monta, justamente para evitar o mau cheiro”.

Emerson Farias, presidente da Capribov, lembra que devido a essa resistência dos produtores, a oferta de leite era restrita na região em meados de 2001. Assim, a cooperativa tinha dificuldades de receber o leite contratado, de 250 litros ao dia, precisando recorrer a cidades vizinhas para garantir suprimento.

“Foi um sufoco muito grande para conseguir leite no início. Muitos diziam que no primeiro ano a cooperativa ia fechar. Aí passou o segundo ano e continuamos firmes. Foi então que eles [os produtores] passaram a nos procurar, e hoje temos 470 cooperados, com capacidade para receber 5.700 litros”, diz Farias.

A Capribov atualmente recebe leite de cabra de 25 cidades do Cariri. Além da bebida atua na produção de queijos finos e iogurte. A cooperativa se destacou por ser a primeira marca paraibana a distribuir iogurtes de leite caprino em escolas públicas.

As compras governamentais abocanham a maior parte do leite recebido pelas cooperativas no Cariri, mas representante do setor querem mudar isso, levando os produtores do leite de cabra e seus derivados para os grandes centros consumidores.

Tanto a Capribov quanto a Capribom apostam em concursos queijeiros para popularizar seus produtos. A monteirense Capribom já conta com lojas na capital João Pessoa para vender parte da sua produção, e recentemente firmou parceria com uma rede de supermercados do Nordeste.

Iniciativa conjunta

A caprinocultura no Cariri possivelmente vive seu auge neste momento em termos financeiros e produtivos. Para representantes do setor ouvidos pela reportagem, o novo patamar da caprinocultura no semiárido da Paraíba só foi alcançado devido às ações do Pacto Novo Cariri.

A iniciativa foi criada pelo Sebrae-PB no ano 2000. O programa, por meio de parcerias público-privadas, criou ações de estímulo e fortalecimento de cadeias produtivas locais.

Madalena Arruda, gerente de negócios regionais no Sebrae-PB, disse que o pacto tem ações previstas até 2033. Com a produção de leite já consolidada na região, ela frisa que o próximo passo da caprinocultura é avançar na certificação dos produtos.

“O nosso maior desafio hoje é a certificação para os produtos da agricultura familiar. Fomos buscar essa expertise na Bahia, que é uma das referências no tema. Já conseguimos o selo para os produtores venderem seus produtos dentro do Estado, que é a porta de entrada deles para o mercado privado, as ainda 80% do leite produzido é compra governamental. Temos que equilibrar essa balança. E para isso é preciso continuar investindo em inovação e acesso a mercados”, ressalta.

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