A produção brasileira de leite bateu recorde em 2024, segundo informou nesta quinta-feira (18/9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao divulgar a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM). Foram produzidos 35,7 bilhões de litros de leite de vaca, alta de 1,4% ante 2023.
Após três anos, a região Sudeste superou a região Sul e reassumiu primeira posição do país, na produção de leite. Em 2024, o Sudeste produziu 12,0 bilhões de litros, 33,7% da produção total, 2,8% maior ante 2023. Já região Sul registrou 11,9 bilhões de litros, 33,4% do total nacional, em 2024.
Minas Gerais foi principal responsável por crescimento da Região Sudeste, sendo o líder do ranking do país. No Estado, foram produzidos 9,8 bilhões de litros, 27,4% do total nacional, a representar, ainda, 81,3% da produção da região Sudeste em 2024.
Apesar de aumento no volume total produzido de leite, o total de vacas ordenhadas diminuiu 2,8% entre 2023 e 2024, representando 15,1 milhões de animais no ano passado.
Os técnicos do instituto comentaram ainda que esse recuo de vacas ordenhadas ocorre desde 2015 e reflete tanto a saída de produtores da atividade – especialmente menos especializados e com poucos recursos – quanto o maior investimento em estrutura e melhoramento genético dos animais para produzirem mais leite.
Esse fenômeno se reflete na média de leite produzido por vaca ordenhada. No ano passado, foi observada uma média de 2,362mil litros anuais por animal, alta de 4,3% ante 2023. Para os pesquisadores, esse dado embasa a percepção de maior eficiência no segmento.
No mapeamento da produtividade por regiões, o Sul lidera. Os três Estados sulistas tiveram média produtiva superior a 4 mil litros por vaca ao ano em 2024.
Ainda de acordo com o IBGE, o valor de produção do leite totalizou R$ 87,5 bilhões em 2024, alta de 9,4% frente a 2023. Já o preço médio estimado pago ao produtor foi de R$ 2,45 por litro de leite, aumento de 7,9% em comparação aos R$ 2,31 pagos no ano imediatamente anterior.
Mel
A produção e o valor da produção de mel do país também bateram recorde no ano passado, de acordo com os pesquisadores do IBGE. Foram contabilizadas 67,3 mil toneladas produzidas, acréscimo de 3,1 mil toneladas ante 2023. A receita foi de R$ 1 bilhão, com crescimento de 11,4%.
De acordo com os técnicos, o avanço da produção de mel foi sustentado tanto por condições climáticas favoráveis, que garantem oferta de recursos alimentares para as abelhas, quanto por crescente demanda por produtos naturais e saudáveis.
As exportações de mel brasileiras também cresceram e atingiram o terceiro maior volume e o quarto maior faturamento da série histórica.
Por regiões, o Nordeste manteve liderança, alcançada em 2022, com 39,4% do total produzido no país e alta de 3,5% ante 2023. O Piauí foi destaque a deter 12,8% da produção total.
Em 2024, foi registrada produção de mel em 4.137 municípios no país. Os maiores produtores foram Santa Luzia do Paruá (MA); Arapoti (PR); Santana do Cariri (CE); São Raimundo Nonato (PI); e Ortigueira (PR).