A Corteva, empresa multinacional do segmento de sementes, defensivos e biológicos, fechou o quarto trimestre de 2024 com um prejuízo líquido de US$ 41 milhões, reduzindo as perdas registradas no mesmo período do ano anterior, quando chegaram a US$ 253 milhões. Em 2024, a companhia teve lucro líquido de US$ 907 milhões, em comparação com os US$ 735 milhões do ano anterior.
A empresa elevou a receita com a venda de produtos, com faturamento de US$ 3,97 bilhões no quarto trimestre, alta de 7% na mesma base de comparação. A Corteva experimentou um aumento de 17% no volume de vendas no período, puxado pelo avanço nas linhas de proteção de cultivos e sementes. No ano de 2024, a receita com a venda de produtos caiu 2% quando comparado com 2023, para US$ 16,90 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) operacional do quarto trimestre de 2024 foi de US$ 525 milhões, aumento de 36% em comparação ao ano anterior.
“Nossos resultados para o ano de 2024 refletem nosso foco na execução disciplinada, apesar das condições de mercado nada ideais. A Corteva conseguiu gerar um forte fluxo de caixa operacional no ano e entregar resultados recordes neste quarto trimestre”, disse Chuck Magro, CEO da Corteva, em comunicado.
No segmento sementes, a companhia informou incremento de 19% nas vendas em relação ao último trimestre de 2023. O aumento para a área de milho safrinha no Brasil nesta temporada influenciou o resultado.
Já o preço dos produtos caiu 4%, refletindo a expectativa de preços mais baixos para sementes no Brasil, bem como a dinâmica competitiva de preços em proteção de cultivos, principalmente na América Latina.
Para 2025, a Corteva projeta uma demanda forte por seus produtos, e diz que agricultores vão priorizar tecnologias de ponta para maximizar seus rendimentos. A companhia também espera que o dólar valorizado beneficie os resultados financeiros deste ano.
Como resultado, a Corteva espera vendas líquidas na faixa de US$ 17,2 bilhões a US$ 17,6 bilhões no fechamento de 2025. O Ebitda operacional deve ficar entre US$ 3,6 bilhões e US$ 3,8 bilhões, um crescimento de 10% no ponto médio. O lucro por ação operacional deverá ficar entre US$ 2,70 e US$ 2,95 por ação, crescendo 10% no ponto médio. Além disso, a empresa espera recomprar aproximadamente US$ 1 bilhão em ações em 2025.