A nova fase da Operação Sisamnes, da Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira, 27, cumpre três de busca e apreensão e outros três mandados de prisão preventiva. Um dos alvos é o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), conforme informações do portal Metrópoles. Além do político, um advogado e um policial estão na lista. As medidas foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou outras medidas cautelares.
REDE CLANDESTINA
A primeira vez que a Operação Sisamnes atuou no Tocantins foi em março, com o objetivo de apurar rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação resultou na prisão do advogado Thiago Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei (Republicanos). Os autos indicam uma conversa dele com o desembargador afastado Helvécio Brito de Maia sobre processos no STJ. O procurador Ricardo Vicente também é investigado.
ENVOLVIMENTO DO PREFEITO
Eduardo Siqueira Campos foi alvo pela primeira vez em maio deste ano. O prefeito como uma das autoridades beneficiadas com o vazamentos dos processos judiciais. Diálogos captados pela Polícia Federal (PF) indicam que o gestor afirmou “ter um contato” em Brasília ao advogado Thiago Barbosa O político ainda teria atualizado a situação dele em uma investigação e acertou o mês da deflagração da Máximus, que atingiu em cheio o Poder Judiciário do Tocantins. À imprensa, o gestor disse ter feito apenas “suposições e conjecturas naturais” e negou ter informação privilegiada.