Após um leve movimento de reação, as cotações domésticas do milho voltaram a cair na última semana, apontam levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na região de Campinas (SP), o preço da saca de 60 quilos encerrou agosto com queda mensal de 5,19%, cotado a R$ 63,54. Já na sexta-feira (1/8), levantamento da consultoria AgRural mostrava que, entre 37 regiões produtoras de milho monitoradas, 24 apresentaram quedas nas cotações em julho.
Segundo o Cepea, a pressão veio sobretudo da ausência de consumidores, que aguardam maiores desvalorizações com os avanços da colheita de segunda safra. Apesar do atraso frente ao ano anterior na média nacional, algumas praças dos Estados de Mato Grosso e Goiás têm apresentado bom ritmo de colheita e produtividades elevadas, aumentando de forma pontual a oferta disponível para negócios, ainda conforme explicam pesquisadores.
Além disso, as exportações estão menores em relação ao ano passado e ainda muito distantes do estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Dados da Secretaria de Comécio Exterior (Secex) mostram que, de fevereiro até a quarta semana de julho, o volume embarcado limitou-se a 4,3 milhões de toneladas, ante os 7 milhões enviados no mesmo período de 2024 e ainda bem distante das 34 milhões projetadas pela Conab até janeiro de 2026.