Os contratos futuros de cacau, com prazo para maio, registram forte alta de 3,57% nesta manhã de terça-feira (1/4), na bolsa de Nova York. A amêndoa abre o mês cotada a US$ 8.194 a tonelada, sem mudanças nos fundamentos de mercado, mas com correções técnicas após fechar em queda na véspera, pressionada por relatos de produtores de melhora da produção da Costa do Marfim.
Contudo, os preços mais do que dobraram devido a colheitas ruins na África Ocidental, e a oferta continua limitada, como aponta o site de commodities Barchart.
Mas a oscilação deve continuar. A recuperação dos estoques de cacau pode continuar pressionando os preços. “Desde que atingiram a mínima de 21 anos de 1.263.493 sacas em 24 de janeiro, os estoques de cacau monitorados pela ICE nos portos dos EUA se recuperaram e subiram para uma máxima de cinco meses na última sexta-feira, atingindo 1,8 milhões de sacas”, apontou o boletim do Barchart.
Em relação aos lotes de maior liquidez do café arábica, os de maio, também há um reajuste técnico, que leva a uma alta de 1,07% nesta manhã. O grão opera a US$ 3,8370 por libra-peso.
Os preços têm atingido recordes, impulsionados por preocupações com a oferta limitada e estoques reduzidos. Apesar de melhorias climáticas no Brasil, projeta-se uma queda na produção de café arábica para a safra 2025/26, o que sustenta a alta nos preços.
Os papéis do algodão, por sua vez, estão estáveis em relação ao fechamento, com levíssima queda de 0,03%. O valor dos contratos de maio estão a 66,81 centavos de dólar por libra-peso. O anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de que a área plantada da pluma no país americano para a safra 2025/26 deve sofrer uma redução de 12% em relação ao ano anterior, somando 3,99 milhões de hectares, não foi suficiente para uma alta dos contratos.
A oscilação continua pressionada pelos preços do petróleo bruto e variações na cotação do dólar, que afetam a competitividade das exportações, como explica o boletim da Barchart.
Já os lotes do açúcar demerara sobem 0,95%, cotados a 19,04 centavos de dólar por libra-peso, começando abril em um caminho contrário em relação às perdas que acumulou em março.