As cotações dos principais derivados da cana-de-açúcar estão mantendo a tendência verificada nas últimas semanas, com açúcar sendo pressionado enquanto o etanol se mantém com valorização firme, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O mercado de açúcar avança lentamente rumo ao encerramento da safra 2025/26, com os preços médios do cristal branco na casa dos R$ 106,00 por saca de 50 quilos. Nesta segunda-feira (24/11), o indicador Cepea/Esalq registrou a cotação de R$ 106,12 a saca, uma queda de 6,63% desde o início de novembro. No início da atual safra 2025/26, a média nominal do indicador estava em R$ 141,36 a saca.
Segundo pesquisadores do Cepea, apesar de a oferta ainda estar elevada no mercado à vista, o que vem causando pressão sobre os valores, a menor qualidade da cana e o redirecionamento crescente para etanol sinalizam restrição de oferta futura de açúcar. No mercado internacional, a China tem se posicionado como importante comprador de açúcar brasileiro, aproveitando os valores mais baixos – os contratos futuros do demerara operam nas mínimas em cinco anos na Bolsa de Nova York.
Já os preços dos etanóis anidro e hidratado seguem firmes no estado de São Paulo há mais de um mês. De 17 a 21 de novembro, o indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,8554 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 1,13% no comparativo ao período anterior. Para o anidro, a cotação ficou em R$ 3,2434 o litro, elevação de 1,05% no mesmo comparativo.
Pesquisadores do Cepea indicam que o suporte continua vindo sobretudo da postura firme do vendedor em meio à baixa oferta de produto e à proximidade do encerramento da safra 2025/26. Ainda que a semana passada tenha se iniciado com menos movimento em São Paulo – em Mato Grosso do Sul, porém, o ritmo foi mais intenso –, as chuvas em algumas regiões paulistas limitaram a oferta e deram força aos preços. Já compradores mostram menor interesse, especialmente devido às maiores aquisições fechadas em semanas anteriores.





