A segunda semana de setembro foi marcada por valorizações no mercado de feijão. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), para o feijão-carioca de melhor qualidade, a oferta bastante limitada nas principais regiões produtoras manteve os preços em alta. Além disso, a combinação de clima adverso, de colheita finalizada em importantes regiões e de estratégias de armazenamento reforçaram o movimento de avanço dos preços deste feijão.
Na sexta-feira (12/9), a cotação do grão de melhor qualidade atingiu R$ 234,93 a saca de 60 quilos no noroeste de Minas Gerais, uma alta diária de 1,38%.
Quanto ao feijão-preto, o mercado apresenta sinais de recuperação, ainda que os valores permaneçam abaixo das médias históricas. Na sexta-feira, no sul do Paraná, a cotação estava em R$ 127,61 a saca de 60 quilos, uma alta diária de 2,69%. Pesquisadores do Cepea indicam que o suporte aos preços vem da retomada pontual da demanda.
No campo, dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que a safra 2024/25 nacional de feijão deve somar 3,07 milhões de toneladas, recuo de 3,9% em relação ao ciclo anterior. Esse é o resultado da queda de 5,6% na área cultivada e do ganho parcial de 1,8% na produtividade.