Depois de cair 3,6% no acumulado de maio, a arroba bovina já recuou mais 2% em junho, de acordo com o indicador do boi gordo Cepea/B3. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) disseram em nota nesta quinta-feira (6/6) que a chegada do frio e a escassez de chuvas nos próximos meses na maioria das regiões pecuárias acentuaram as ofertas de animais neste período considerado o final de safra do boi.
Estas condições climáticas pioram a qualidade do capim e dificultam a alimentação do gado nos pastos. Então, mesmo insatisfeitos com os preços, os pecuaristas que ainda têm animais a pasto em peso de abate vêm optando por liquidar esses lotes, conforme relatam agentes consultados pelo Cepea.
Os analistas da Scot Consultoria destacaram em relatório que a pressão de baixa, de fato, continua no mercado pecuário, afetando os preços e desacelerando os negócios. “Com escalas, em média, com 10 dias, os compradores [frigoríficos] ficam mais inflexíveis e alguns estão fora das compras”, disseram os especialistas em relatório.
Com poucas negociações, o preço bruto da arroba bovina ficou estável hoje em São Paulo, cotado a R$ 217 por arroba a prazo, segundo a Scot.
Diante da boa oferta de boi gordo, a queda nas cotações do mercado físico estão se refletindo ao longo de toda a cadeia produtiva, o que significa redução nos preços da carne. De acordo com a Agrifatto, o valor da carcaça bovina no atacado recuou 1,29% e fechou o mês de maio a R$ 15,55 por quilo, sendo o quinto mês consecutivo de recuo no atacado.
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