O mercado do boi gordo encerrou a semana com estabilidade, sem grandes variações nas cotações. Nesta sexta-feira (17/10), não houve mudanças nos preços do boi gordo em 29 das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria. Foram registradas altas apenas no sudeste de Rondônia, sul e norte do Tocantins e no Acre.
Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o boi gordo seguiu cotado a R$ 307 a arroba para o pagamento a prazo. A cotação da vaca também não teve mudanças, mas a novilha apresentou valorização de R$ 3, para R$ 298 a arroba.
Segundo a Scot, esse cenário foi fundamentado por uma oferta de bovinos que, embora ainda suficiente para atender à demanda, diminuiu em relação ao final de setembro e início de outubro. Somou-se a isso uma melhora no escoamento de carne, que, mesmo abaixo do esperado, seguiu consistente e contribuiu para manter o equilíbrio do mercado. Dessa forma, os preços permaneceram estáveis na comparação diária.
Em São Paulo, a cotação do “boi China” subiu R$ 2 em relação ao dia anterior, para R$ 312 a arroba. Com recorde nas exportações de carne bovina in natura em setembro e continuidade do bom desempenho em outubro, a demanda pelo bovino mais jovem manteve-se aquecida.
A Scot destaca que, no curto prazo, a expectativa era de preços firmes, com atenção à demanda, já que, na segunda quinzena, a redução do poder aquisitivo do consumidor poderia pressionar o mercado. Para os bovinos destinados à exportação, o viés era de estabilidade, tendendo à alta.
No cenário nacional, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) afirma que a liquidez e os reajustes estão variados. Praças onde compradores negociam mais em um dia podem ter menor liquidez noutros e assim vai ocorrendo também com os preços, reajustados mais para o começo da semana ou meio.
No conjunto, o mercado pecuário vai ganhando ritmo e os preços têm aumentado nesse correr de outubro, afirma o Cepea. As escalas de abate se encurtaram, chegando a menos de uma semana em algumas praças; no geral estão entre 7 e 14 dias.
Já a consultoria Agrifatto destaca que o mercado da carne segue lento no varejo, com expectativa de leve reação nas vendas. A menor oferta de fêmeas nos abates sustenta ajustes positivos nas carcaças e reflete sobre as demais categorias.