Neste começo de dezembro, a demanda por arroz em casca está um pouco mais aquecida, com compradores buscando renovar seus estoques, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Porém, do lado vendedor, o comportamento foi distinto: aqueles com maior necessidade de capitalização cederam aos preços pedidos pelo comprador, enquanto parte dos produtores seguiu focada na finalização da semeadura, até que haja melhor definição nos preços.
Por ora, os preços seguem em queda, e o setor nacional está à espera de alguma intervenção governamental mais efetiva. Nesta terça-feira (9/12), o indicador Cepea/Irga-RS registrou a cotação de R$ 52,92 a saca de 50 quilos, um recuo de 0,68% desde o início de dezembro. Esse valor está próximo do mínimo já recebido pelos produtores do Rio Grande do Sul, de R$ 48,26 a saca, que foi a média registrada em maio de 2011 (deflacionada pelo IGP-DI de novembro).
No campo, a semeadura avança rumo à reta final, com a área cultivada devendo ficar abaixo das estimativas divulgadas até o momento. Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados na segunda-feira (8/12) indicam que o plantio da safra 2025/26 somava 94,2% da área esperada no Rio Grande do Sul.
No mercado externo, em novembro, as importações brasileiras de arroz em casca registraram o menor volume desde dezembro de 2024. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), chegaram aos portos brasileiros 60,62 mil toneladas, quedas de 54,2% em relação ao volume de outubro e de 19% em relação a novembro de 2024. As exportações do mês, por sua vez, somaram 94,4 mil toneladas, recuos de 45,32% em comparação a outubro e de 15,56% diante de novembro de 2024.







