A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 63ª Delegacia de Paraíso, concluiu na manhã desta segunda-feira, 16, o inquérito policial que apurou os fatos relacionados a uma motocicleta furtada em 2022, quando estava estacionada em frente a um shopping na Capital. As investigações iniciaram com a localização do veículo em outubro de 2024, no município de Paraíso do Tocantins. Na ocasião, a motocicleta estava em poder de uma mulher, identificada pelas iniciais E.L.S, de 45 anos.
Ainda de acordo com as investigações, um homem identificado pelas iniciais M.R.A., de 23 anos, residente do município de Pium – TO, foi identificado como o vendedor da moto. As investigações revelaram ainda que o indivíduo também foi responsável pela adulteração do veículo, incluindo a colocação de uma placa falsa.
Ao ser questionado, M.R.A. apontou que um outro indivíduo, identificado pelas iniciais, I.C.C., de 57 anos, como a pessoa que lhe repassou o veículo. O homem atua no comércio clandestino de veículos, praticando a chamada gambira. I.C.C., por sua vez, indicou W.C.S., de 37 anos, como a pessoa que lhe transferiu a moto.
Durante os procedimentos, W.C.S. confirmou ter repassado a moto para I.C.C. em troca de um carro. Entretanto, tentou fornecer informações falsas sobre a pessoa que intermediou a entrega, mas acabou revelando a identidade do verdadeiro responsável, F.M.S., de 35 anos, que negou qualquer envolvimento nos fatos.
Os cinco envolvidos foram indiciados no processo pelos crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo.
O delegado responsável pelo caso, José Lucas Melo, titular da 5ª Delegacia Regional da Polícia Civil (DRPC) e responsável pela 63ª Delegacia de Paraíso, informa que o caso evidencia a facilidade com que veículos furtados e roubados são negociados. “As pessoas costumam justificar dizendo que esses veículos foram comprados em leilão, vendidos como sucata e que, por isso, não poderiam circular. Isso faz com que elas acreditem que estão fazendo um bom negócio, pagando pouco. Mas, na prática, acabam no prejuízo. Quando a ilegalidade é comprovada, perdem o dinheiro, ficam sem o veículo e ainda podem acabar respondendo criminalmente, afirma.
Após a conclusão dos procedimentos cabíveis, o inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário das comarcas de Paraíso e Cristalândia, que integra a região de Pium, local onde parte das negociações ocorreu. As penas máximas previstas para os delitos chegam a 14 anos. O bem já foi devolvido ao legítimo proprietário.