O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), comentou sobre a relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (21) antes da reunião entre os dois no Palácio do Planalto.
Segundo o tucano, ainda que haja brigas públicas, é preciso “sentar e conversar”.
“[A reunião] Vai ser uma boa oportunidade de diálogo, como eu sempre disse. A gente pode ter divergência, a gente tem diferença. A gente pode até brigar e debater publicamente como as nossas funções públicas exigem, mas nunca deixar de sentar e conversar para construir soluções para a população”, disse após participação no evento do Conselho Nacional de Secretários de Administração (Consad), ocorrido na capital federal.
Após “troca de recados” entre os dois na semana passada, o gaúcho volta a Brasília para negociar com o presidente obras de drenagem no estado que serão financiadas pelo governo federal através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em evento no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (16), Leite disse que “gaúcho não é ingrato”, respondendo ao presidente, que havia dito em entrevista que o governador deveria “agradecer” pelo tratamento que o governo federal dá ao Rio Grande do Sul.
Em outra ocasião, o tucano afirmou em entrevista à CNN que o governo Lula fez “muita propaganda” e pouca ajuda chegou ao RS.
Obras do PAC
O governo federal anunciou a destinação de R$ 7,4 bilhões em investimentos para obras no RS. A maior parte, R$ 6,5 bilhões, será destinada a obras de drenagem para prevenir desastres naturais como o que ocorreu em maio deste ano.
Cerca de 61 projetos em 52 municípios serão beneficiados pelos recursos no estado.
“É uma conversa com o presidente. É uma conversa de avaliação sobre tudo que nós já conseguimos avançar, os problemas, onde é que a gente tem que avançar mais, o que a gente precisa de melhorias”, disse o governador.
“Uma conversa franca, aberta e também sobre os temas, para definir responsabilidades sobre as medidas de projetos para a contenção de cheias. Tem uma série de pontos que precisam ser definidos no processo de reconstrução do estado”, concluiu Leite.