Os avanços mais contidos nos preços do trigo ao produtor em relação ao mercado atacadista devem limitar a atratividade do cultivo do cereal na temporada deste ano, alerta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.
Um crescimento na produção vai depender da produtividade, que, por enquanto, está estimada para compensar a redução de área e gerar oferta maior em 2025, informam pesquisadores do Cepea.
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura da safra de 2025 foi iniciada em Goiás e Minas Gerais. Já nos principais estados produtores, como Paraná e Rio Grande do Sul, as atividades devem começar apenas entre maio e junho.
No relatório deste mês, a Conab aponta diminuição de 9,3% na área destinada à cultura em 2025, para 2,77 milhões de hectares. A produtividade nacional está estimada em 3,06 tonelada/hectare, em média, 18,5% maior que a de 2024, o que contribuiria para uma produção de 8,47 milhões de toneladas, 7,4% acima da do ano anterior.
Em relação aos preços, o indicador Cepea/Esalq registrou, nesta segunda-feira (14/4), a cotação de R$ 1.572,25 a tonelada do trigo pão ou melhorador no Paraná, um aumento de 2,95% desde o início de abril. No Rio Grande do Sul, o preço do trigo brando estava em R$ 1.474,97 a tonelada, alta de 1,91% no acumulado do mês.