O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, defendeu, nesta segunda-feira (11/8), uma aproximação maior entre o agronegócio e o mercado de capitais. Ele participou da cerimônia de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, que a bolsa realiza em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em São Paulo.
“Precisamos abrir novos caminhos para o financiamento do agro. O Plano Safra é e sempre será fundamental, mas o mercado de capitais oferece a complementariedade necessária para garantir o fôlego de médio e longo prazo para os produtores precisam”, afirmou.
Ele reconheceu que o cenário atual não está fácil para novas captações de recursos via mercado de capitais. Mas avaliou que o futuro é positivo para a entrada de novas empresas do agro na bolsa. Um estímulo, segundo ele, pode ser o chamado Regime Fácil, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A iniciativa permite o acesso ao mercado de capitais por empresas que têm faturamento bruto inferior a R$ 500 milhões. “A gente vê essa iniciativa como uma oportunidade concreta de atrair empresas com crescimento acelerado e apoiar a cadeia do agronegócio”, afirmou.
Gilson Finkelsztain destacou que os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro) já soma 550 mil investidores pessoas físicas, com patrimônio acima de R$ 10,5 bilhões. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) tem R$ 588 bilhões captados com 2,2 milhões de investidores.
O CEO da B3 disse ainda que o estoque de Cédulas de Produto Rural (CPR) na bolsa cresceu 32% e chegou a R$ 418 bilhões. Nos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), o valor chegou a R$ 160 bilhões.
“Esses números representam confiança, liquidez e a prova de que a parceria entre o agronegócio e o mercado financeiro gera prosperidade”, argumentou.