Ana Maria Braga não é conhecida apenas pelos dotes culinários e o carisma à frente do Mais Você, programa da TV Globo. A apresentadora e personalidade de destaque da televisão brasileira não esconde a paixão pelo ambiente rural e coloca a mão na massa quando está longe do estúdio. Nesta semana, ela foi além e mostrou durante a atração pitayas cultivadas na própria fazenda.
A fruta de polpa vermelha chamou a atenção das apresentadoras Tati Machado e Ju Massaoka pelo tamanho, a cor vibrante e a doçura, e não é a única variedade da propriedade rural localizada em Bofete, no interior de São Paulo. Recentemente, Ana plantou uma muda de pitaya de casca amarela que ganhou de presente e aguarda a colheita. Segundo ela, esta é ainda mais doce e também mais cara.
“A muda de pitaya que eu plantei lá, e que é amarela, é doce, doce, doce. Não tenho ainda, vai dar logo. E custa R$ 100 o quilo”, conta.
Conheça a pitaya amarela
São duas as variedades mais comuns de pitaya amarela comercializadas no Brasil, explica Alessandro Borini Lone, pesquisador científico da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). E ambas têm a polpa branca.
A principal – e mais conhecida – é a colombiana, da espécie Selenicereus megalanthus. Como o próprio nome sugere, ela é nativa da Colômbia e apresenta casca irregular e frutos que pesam entre 200 e 300 gramas.
A outra, chamada golden, foi desenvolvida por meio de um trabalho de seleção genética e deriva da Selenicereus undatus, a mais cultivada no mundo e também no Brasil. Diferentemente da variedade colombiana, esta não é tão doce, mas origina frutos grandes, com peso médio entre 400 e 600 gramas, sendo que alguns podem alcançar até 1 quilo.
Por que a pitaya amarela é tão cara?
Em pesquisa na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a pitaya de casca vermelha, seja com a polpa vermelha ou branca, é comercializada entre R$ 10 a R$ 12 o quilo, enquanto a fruta de casca amarela custa, em média, R$ 50 o quilo.
O valor, no entanto, pode ultrapassar os R$ 100 no caso da variedade colombiana, explica o especialista da Epagri. E os motivos, segundo ele, estão relacionados com a produção e o cultivo.
“Podemos destacar que são três as explicações desse preço elevado: por ser mais doce, por produzir menos que as demais e também por não se adaptar em qualquer condição climática e de solo”.
Ao saber do preço elevado da fruta que acabara de plantar, Ana Maria brincou dizendo que pensa em montar uma barraquinha para comercializar pitayas e lucrar.