Os preços do petróleo subiram mais de 4% nesta sexta-feira (10), atingindo seus níveis mais altos desde outubro, já que os investidores se concentraram nas possíveis interrupções no fornecimento decorrentes de mais sanções à Rússia.
Os futuros do petróleo Brent ganhavam cerca de US$ 3,50, ou 4,6%, para US$ 80,42 por barril, atingindo patamar de 80 pela primeira vez desde 7 de outubro.
Os futuros do petróleo dos EUA avançaram US$ 3,57, ou 4,8%, para US$ 77,49, por volta das 11h30 (horário de Brasília).
Os Estados Unidos imporão algumas das mais severas sanções ao setor petrolífero russo até o momento, designando 180 embarcações, dezenas de comerciantes, duas grandes empresas petrolíferas e alguns dos principais executivos russos do setor, segundo um documento visto pela Reuters.Play Video
O documento, supostamente do Tesouro dos EUA, estava circulando entre os comerciantes da Europa e da Ásia. A Reuters não pôde verificar a veracidade do documento.
Antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em 20 de janeiro, aumentaram as expectativas de que o governo do presidente Joe Biden reforce as sanções contra a Rússia e o Irã, em um momento em que os estoques de petróleo permanecem baixos.
“Esse seria o presente de despedida do governo Biden”, disse o analista da PVM Tamas Varga. As sanções existentes e as possíveis sanções adicionais, bem como as expectativas do mercado de aumento nos estoques de combustível devido ao clima frio, estão elevando os preços, acrescentou ele.
O departamento de meteorologia dos EUA espera que as regiões central e leste do país apresentem temperaturas abaixo da média. Muitas regiões da Europa também foram atingidas pelo frio extremo e provavelmente continuarão a ter um início de ano mais frio do que o normal.
“Prevemos um aumento significativo em relação ao ano anterior na demanda global de petróleo de 1,6 milhão de barris por dia no primeiro trimestre de 2025, impulsionado principalmente pela… demanda por óleo para aquecimento, querosene e GLP”, disseram analistas do JPMorgan em uma nota na sexta-feira.