A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) divulgou nota na sexta-feira (19/4) em que o presidente da entidade, Losivanio Luiz de Lorenzi, “expressou preocupação” com os novos casos de peste suína clássica no Piauí. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) revelou na semana passada que identificou 60 animais suscetíveis à doença em propriedades piauienses, dos quais 24 tiveram diagnóstico positivo. Ao todo, 14 porcos morreram e três foram abatidos.
Para o dirigente, o episódio serve de alerta para que os criadores de Santa Catarina, Estado que lidera a produção nacional de suínos, intensifiquem os cuidados contra a doença. Lorenzi destacou que o Piauí registrou vários casos de peste suína clássica nos últimos anos, que exigiram o abate de 4,3 mil porcos.
No Brasil, 95% da suinocultura concentra-se em área reconhecida internacionalmente como livre da doença, da qual Santa Catarina faz parte. O Piauí e outros nove Estados — Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima — não integram esse grupo, e há restrições de circulação de animais e produtos entre as duas zonas. Para a área que não é considerada livre da peste suína clássica, o plano estratégico para erradicar a doença inclui medidas como vacinação e intensificação de vigilância e fiscalização.
A peste suína clássica é menos agressiva do que a peste suína africana, que, entre 2018 e 2019, dizimou cerca de 40% dos porcos na China, o maior produtor de suínos do mundo. Não há tratamento ou vacina contra a variante africana.
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