A semana começou com poucos negócios sendo fechados no mercado físico do boi gordo. Com isso, a arroba bovina perdeu forças e ficou estável ou caiu na variação diária, em algumas praças pecuárias. No comparativo semanal, porém, o patamar de preços segue mais elevado.
O indicador do boi gordo Cepea/B3 terminou a segunda-feira (22/4) cotado a R$ 231 por arroba, recuo de 1,49% em relação ao fechamento da sexta-feira (19/4).
A consultoria Agrifatto ressaltou que São Paulo continua a ser a praça com a maior valorização da arroba no comparativo semanal. A cotação subiu 1,2% ontem para R$ 232,80 por arroba.
“Na B3, os contratos futuros tiveram quedas. As mais expressivas foram aquelas com vencimentos mais curtos, com o mai/24 registrando queda de 0,21%, fechando o dia a R$ 236,40 por arroba”, comentou a consultoria em nota.
Mato Grosso
Com base em dados da Aproclima, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que o volume de chuvas no Estado ocorrido neste mês, até o dia 18, foi de 139,73 milímetros, praticamente igual às precipitações registradas em todo o abril de 2023.
“Desse modo, a maior incidência de chuvas neste período, provocada pelo El Niño (fenômeno responsável por alterações nos padrões climáticos), pode resultar na recuperação das pastagens do Estado. Esse movimento pode aumentar a capacidade de retenção dos animais nas propriedades, fazendo com que o pecuarista segure a boiada terminada por mais tempo no pasto”, afirmou o instituto em relatório.
Uma vez confirmado esse cenário, os preços do boi gordo tendem a apresentar maior sustentação em Mato Grosso, mediante a menor oferta de gado nas indústrias.
No entanto, a tendência é que o volume abatido entre maio e junho ainda aumente, mesmo que a atual melhora nas pastagens possa postergar o envio do gado para o abate. À medida que o clima seco se intensifique, com a passagem do outono para o inverno, a estratégia de manter os animais no pasto se torna mais difícil.
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