O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Militar deflagraram na manhã desta terça-feira (16) uma operação para desarticular um grupo criminoso que atuava em parceria com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações revelaram que os criminosos financiaram campanhas eleitorais de políticos em troca da facilitação em fraudes em licitações. Uma vez eleitos, esses políticos direcionaram os contratos públicos para empresas ligadas à organização criminosa, que utilizavam os serviços para lavar dinheiro.
Segundo a promotora de justiça Flávia Flores, o grupo manipulava licitações públicas em todo o estado, direcionando os resultados para empresas “laranjas” ligadas ao grupo.
Os serviços públicos vencidos pelas empresas “laranjas” eram utilizados como forma de lavar dinheiro proveniente das atividades ilícitas do PCC.
Ainda segundo a promotora, para garantir o sucesso do esquema, a organização corrompia agentes públicos, incluindo políticos e servidores, que facilitavam as fraudes nos certames.
A operação cumpriu 15 mandados de prisão temporária e 42 mandados de busca e apreensão em diversos endereços, incluindo prefeituras, câmaras municipais e empresas em cidades como Guararema, Poá, Itatiba, Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel, Arujá e Cubatão.
Segundo as autoridades policiais, a operação resultou na apreensão de quatro armas de fogo, grande quantidade de munições de diversos calibres, 22 celulares, 22 notebooks, 3 milhões e meio em cheques, 600 mil reais em espécie.
As investigações continuam em andamento com o objetivo de identificar todos os envolvidos no esquema e responsabilizá-los pelos crimes cometidos.
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