Meus Amigos e Minhas Amigas,
A vitória de Eduardo Siqueira Campos em Palmas nos leva a várias reflexões quando procuramos fazer a leitura do recado que as urnas deram aos políticos.
Primeiro devemos entender que a disputa envolveu um político que apesar de jovem carrega uma experiência exercitada ao longo dos anos tendo como livro de cabeceira os ensinamentos do pai Siqueira Campos; do outro uma jovem cheia de entusiasmo com vontade de mostrar serviço mesmo que para isso tivesse que ir para o confronto com a própria classe, quer dizer, desagradando os pares e amontoando desafetos que esperaram o “momento certo” para mostrar que fazer política requer jogo de cintura, moderação, cautela e bom relacionamento.
DIANTE DO QUADRO…
Não precisamos de muito esforço para entender que Eduardo pode até chegar com novas e boas ideias, contudo, não representa grandes novidades no que se refere a mudanças fora dos padrões daquilo que estamos acostumados a enxergar.
DEVEMOS CONSIDERAR…
Um particular no comportamento do eleitorado; ouvi de inúmeros eleitores que votariam no “Dudu” como forma de agradecer ao seu saudoso pai José Wilson Siqueira Campos por tudo que ele fez ao Tocantins.
A MEU PENSAR…
O Sentimental de Almeida foi um fator importante na vitória, pois, independentemente de gostarem ou não de Siqueirão, as pessoas reconhecerem sua importância para o Estado, Palmas e para a vida delas, daí o voto de gratidão.
A BEM DA VERDADE…
Nenhum conseguiu empolgar o eleitorado como um todo; o que se ouvia era que o voto seria dado naquele “que representava menos riscos” diziam as pessoas, que além disso, demonstravam um certo descontentamento com a ideia que dava a entender ser o povo “mercadoria”.
É claro que eleição sem dinheiro não existe, todavia, sua aplicação deve ser moderada e cheia de cuidados para que os votantes não percebam e nem achem que estão “à venda”.
Ninguém gosta de ser tratado como “objeto”.
MAIS UM SINAL DE ALERTA…
Dentre tantos que as eleições municipais deixaram em 06 de outubro que devem servir de estudo e meditação aos políticos, um dado em Palmas me chamou a atenção, apesar das reclamações justas em relação a falta de ônibus em circulação no domingo.
O somatório da abstenção acrescido dos votos brancos e nulos chegando a quase 30% (trinta por cento) é extremamente significativo, e mais do que isso, não é mais um recado, e sim uma afirmação aos políticos, ou melhor, aquilo que muitos identificam como “velha política”.
Nos dois grupos representantes dela marcaram presença abundantemente, em outras palavras, estavam repletos de “velhos conhecidos”, uns que estavam no ostracismo, outros esquecidos ou aposentados voltaram aos palcos, melhor, aos palanques, não querendo dizer com isso que eles não tenham importância, pelo contrário, todos deram sua parcela de contribuição.
MAS…
Seria esse um dos motivos de tanta abstenção, nulos e brancos?
O assistencialismo estaria perdendo força? O eleitor estaria começando a enxergar uma válvula de escape ao entender que o empreendedorismo pode ser mais rentável para ele do que viver apenas esperando favores dos governos? O eleitor ao que parece mostra que anseia por algo que traga sustentabilidade e mais independência a ele.
O eleitor quer melhorias para seu bairro, sua cidade, seu estado, seu país; quer trabalho e mais presença do político no seu dia a dia e talvez menos favores, sem desprezá-los, é claro.
Aqueles que entenderem a ordem do povo dada nessas eleições e colocarem em prática se sustentarão, os que preferirem agir como jarro de plantas, em outras palavras, serem meras figuras decorativas achando que chegando em ano de eleição vão resolver, a validade se esgotará em 10/2026.
Essa é a Minha Opinião!!!
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