O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), condenou nesta terça-feira (9) a tentativa de golpe na Bolívia realizada por integrantes do exército boliviano contra o presidente do país, Luis Arce.
“Felizmente, dada a força da democracia boliviana, a tentativa de golpe restou frustrada”, disse.
No plenário, Pacheco afirmou que o Congresso Nacional é solidário à população boliviana e tem o compromisso com a ordem democrática no Brasil e na América Latina.
“Já disse e repito: só com a democracia sobrevive a liberdade. Esse princípio fundamental vale para o Brasil, vale para a Bolívia e, acredito, para todos os povos e nações”, disse.
Em seu discurso, o presidente do Senado também mencionou os atos do 8 de Janeiro do ano passado. Ele chamou o ocorrido de “uma tentativa de insurreição autoritária de uma minoria inconformada, que nunca representou a vontade popular”.
Pacheco declarou que a invasão das sedes dos Três Poderes foi rechaçada pela firmeza das instituições brasileiras e o resultado das eleições foi respeitado “como deve ser no regime democrático”.
“Tenho certeza de que a Bolívia seguirá por esse caminho e fará prevalecer a Constituição e a vontade de seu povo manifestada no processo eleitoral”, afirmou.
Na segunda-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também comparou a tentativa de golpe na Bolívia ao ataque contra os Três Poderes no 8 de Janeiro, durante seu discurso na Cúpula do Mercosul. Na ocasião, o chefe do Executivo afirmou ser preciso estar “vigilantes” em relação à democracia.
Plano Real
Pacheco também falou sobre os 30 anos de vigência do Plano Real, que começou a valer em 1º de julho de 1994. Ele afirmou que o sucesso do plano econômico também contou com o apoio do Congresso à época para a aprovação das “medidas necessárias para sanear as contas públicas”.
“O Plano Real, a um só tempo, foi capaz de derrubar a hiperinflação e de trazer a estabilidade monetária para o nosso país. Só quem viveu nos anos anteriores ao Plano Real sabe a paz que é ter uma moeda estável. O brasileiro pôde, enfim, retomar sua confiança na sua moeda, na economia e nas instituições”, disse.
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