Os preços dos ovos fecharam em queda o mês de outubro de 2025 nas cinco regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP).
Em Bastos (SP), maior cidade produtora no interior do estado, os preços médios mensais dos ovos brancos e vermelhos foram as menores desde novembro de 2024. “As [cotações] mais baixas do ano, em termos reais, deflacionamento pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI) de agosto de 2025”, pontua o Cepea.
Em Bastos, os preços médios da caixa de ovos brancos fecharam em R$ 128 no último dia 31 de outubro deste ano. As cotações dos ovos vermelhos registram média de R$145. Em agosto deste ano, os valores eram de R$ 149 e R$ 164, respectivamente.
Pesquisadores explicam que o movimento de queda se intensificou na segunda quinzena de outubro, refletindo a maior disponibilidade da proteína no mercado interno, aliada à demanda enfraquecida, típica do período. Trata-se do segundo mês consecutivo de recuo nas cotações
Quedas nas exportações em outubro
Após altas desde o início de 2025, as exportações brasileiras de ovos caíram no terceiro trimestre de 2025, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisadas pelo Cepea.
🛳️O motivo da redução dos embarques da proteína in natura se repete desde o primeiro movimento de queda, em julho de 2025: a menor demanda dos Estados Unidos. O país, antes maior comprador de ovos, perdeu liderança para o Japão, após as tarifas impostas pelo governo norte-americano.
Recorde para período
Apesar da redução, o desempenho dos embarques entre julho e setembro foi recorde para o período, considerando-se a série histórica da Secretaria, iniciada em 1997.
Foram 9,46 mil toneladas exportadas nos últimos três meses, volume 42% abaixo do enviado no trimestre anterior, mas expressivos 99,8% superior ao do mesmo intervalo do ano passado – os dados são da Secex e foram compilados e analisados pelo Cepea.
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Preços dos ovos registram alta no fim de janeiro de 2025 — Foto: Claudia Assencio/g1
Japão x Estados Unidos
Em agosto de 2025, as exportações brasileiras de ovos tiveram queda, depois que as taxas dos EUA entraram em vigor para os produtos brasileiros.
Os Estados Unidos eram o principal comprador de ovos brasileiros desde março deste ano, mas perderam a liderança dentre os principais destinos da proteína brasileira para o Japão. Veja os dados, abaixo.
A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), feita a partir dos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e divulgada nesta sexta-feira (12).
Os EUA compraram 2,13 mil toneladas de ovos in natura e processados produzidos pelo agronegócio brasileiro em agosto deste ano. O volume 60% menor que o de julho. No entanto, a marca ainda é 72% superior ao de agosto de 2024, apontam os pesquisadores do Cepea.
“O Japão tornou-se o principal destino da proteína nacional no último mês, adquirindo 578 toneladas de ovos, 29% a mais que em julho. Mesmo com a retração nos últimos dois meses, o desempenho da parcial deste ano segue positivo”, observa o Centro de Estudos da Esalq-USP.
1ª queda nos embarques em julho
O balanço das exportações brasileiras de ovos interrompeu o movimento de alta no primeiro semestre de 2025. O primeiro recuo ocorreu em julho deste ano, com queda de 20% nas vendas para o exterior.
Pesquisadores explicam que a baixa mensal se deve à redução de 31% na quantidade embarcada de ovos para os Estados Unidos.
“De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil embarcou 5,26 mil toneladas de ovos in natura e processados em julho, volume 20% inferior ao de junho”, aponta o Cepea.
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Ovos ficam mais caros em fevereiro — Foto: Reprodução/EPTV
O volume de ovos exportados foi menor entre junho e julho deste ano, mas supera em 305% o montante embarcado em julho de 2024.
Apesar do recuo
De janeiro a agosto, o Brasil exportou cerca de 32,3 mil toneladas de ovos in natura e processados.
O volume é 192,2% acima da quantidade registrada nos oito primeiros meses de 2024. E, já supera, em 75%, o total embarcado em todo o ano passado, ainda conforme números da Secex analisados pelo Cepea.







