A pressão para excluir Israel das competições internacionais de futebol ganhou força nesta terça-feira (23/9). Um grupo de especialistas independentes da ONU pediu que a Fifa e a Uefa suspendam a seleção e os clubes israelenses por conta da ofensiva militar na Faixa de Gaza.
No comunicado, os relatores afirmam que as entidades esportivas “não podem ignorar graves violações de direitos humanos” e que “seleções nacionais de países que cometem violações massivas podem e devem ser suspensas”. Eles comparam o caso ao da Rússia, banida de torneios internacionais em 2022 após a invasão da Ucrânia.
Os especialistas ressaltaram que o boicote deve atingir apenas o Estado de Israel, sem punir atletas individualmente. “Jogadores não devem ser sancionados com base em sua origem ou nacionalidade”, destacaram.
A pressão também vem de figuras do esporte. O ex-jogador francês Eric Cantona criticou a diferença de tratamento em relação à Rússia. “Quatro dias após a invasão da Ucrânia, a Fifa suspendeu a Rússia. Já são mais de 700 dias de ofensiva em Gaza e Israel segue jogando”, disse.
Na Europa, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez também defendeu a exclusão de Israel “enquanto a violência persistir”. Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 65 mil palestinos foram mortos desde o início do conflito.