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O que acontece com o nosso corpo quando corremos uma maratona?

Corridas de longa distância podem transformar o organismo em uma máquina de resistência, mas riscos aumentam quando esforço vira sobrecarga; conheça os principais sinais de alerta

CNN por CNN
17/06/2025
em Saúde
Tempo de leitura: 7 minutos
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O que acontece com o nosso corpo quando corremos uma maratona?

A corrida de rua virou um fenômeno, com milhões de brasileiros se desafiando em provas de longa distância • Luke Johnson/Los Angeles Times/GettyImages

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Correr na rua virou um fenômeno no Brasil: em 2024, foram quase 3 mil provas oficiais no país, um aumento de 29% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Organizadores de Corridas de Rua. São milhões de brasileiros se desafiando para provas de longa distância, como os 42,195 quilômetros da maratona.

Os benefícios da prática incluem melhora no condicionamento cardiovascular, no controle do peso e da glicemia. Junto com os ganhos, porém, surgem as preocupações. A morte de um jovem de 20 anos durante a Maratona Internacional de Porto Alegre, no último dia 7 de junho, reacendeu o alerta sobre os riscos associados ao esforço extremo. Afinal, completar uma prova dessas exige uma adaptação extrema no corpo humano, muito mais do que apenas calçar os tênis e correr até a linha de chegada.

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Durante uma maratona, o corpo precisa se adaptar rapidamente para enfrentar o esforço prolongado. “Os músculos consomem muita energia e oxigênio, o coração bate mais rápido para bombear sangue, a respiração acelera para manter uma efetiva troca de gases. A temperatura corporal sobe e há grande perda de água e sais minerais pelo suor, no processo de resfriamento do corpo”, descreve a cardiologista Luciana Janot, médica referência da Reabilitação e Medicina Esportiva do Hospital Israelita Albert Einstein.

Enquanto os pulmões aumentam o volume e a frequência respiratória, o coração bombeia até quatro a seis vezes mais sangue por minuto comparado ao repouso para fornecer oxigênio suficiente aos músculos. O metabolismo atua como uma verdadeira orquestra, com a utilização de carboidrato e gordura alternando-se de acordo com a demanda energética e o condicionamento do atleta, para manter a energia necessária até o fim da prova. “O exercício físico é um grande estressor fisiológico, e a maratona representa um estresse mais prolongado”, resume a cardiologista.

O cérebro também desempenha um papel crucial durante a corrida, desenvolvendo maior tolerância ao desconforto e ajudando o atleta a manter o foco e o controle emocional para lidar com a fadiga progressiva. Uma pesquisa publicada em 2017 no International Journal of Exercise Science mostrou que, em corridas de longa duração, os níveis de cortisol (hormônio que ajuda o corpo a lidar com situações de esforço físico ou emocional) e alfa-amilase (enzima que é um marcador de estresse agudo) inicialmente aumentam, mas podem ser suprimidos em distâncias extremas — resposta neuroendócrina que pode ajudar a manter a performance dos atletas sob estresse prolongado.

Tempo para reequilíbrio

Logo após cruzar a linha de chegada, o corpo entra em um período crítico de recuperação. Segundo Janot, é comum sentir dores musculares, fadiga intensa e até alterações no sono e no apetite. “Essas reações são normais e fazem parte do reparo natural”, explica.

Nas primeiras 24 a 48 horas depois da prova, o corpo começa a se reorganizar, iniciando a resposta inflamatória para reparar as microlesões musculares, eliminar as toxinas produzidas e recuperar as reservas energéticas. Marcadores biológicos, como a creatina quinase (enzima que auxilia a produção de energia nas células musculares) e a troponina (proteína que indica estresse cardíaco), costumam ficar em níveis elevados, indicando um esforço significativo e sobrecarga.

O sistema imunológico também precisa de um tempo para se reequilibrar. “Nos dias seguintes à maratona, o corpo fica mais suscetível a infecções, por isso é importante respeitar o descanso”, diz Janot. Esse período de vulnerabilidade, conhecido como “janela aberta”, pode durar de 24 a 72 horas após o evento. Uma metanálise publicada em 2024 na Exercise Immunology Review concluiu que atletas têm um risco elevado de desenvolver infecções respiratórias nesse intervalo devido à supressão temporária da imunidade induzida pelo esforço extremo.

A recuperação muscular completa varia de acordo com cada organismo. “Varia entre 10 e 20 dias, dependendo do condicionamento do atleta, da intensidade do esforço, da alimentação e da qualidade do sono”, explica a cardiologista. Esse tempo reforça a importância da recuperação adequada tanto para restaurar o desempenho físico para a próxima corrida, quanto para preservar a saúde geral.

Benefícios e riscos a longo prazo

A preparação para uma prova de longa distância exige transformações significativas no corpo do atleta. O coração, os pulmões, os músculos e o cérebro se adaptam para suprir a demanda de esforço sem comprometer a saúde. Segundo a cardiologista do Einstein, entre os principais benefícios desse processo estão o aumento da eficiência cardiovascular, com redução da frequência cardíaca de repouso, melhora na sensibilidade à insulina e maior capacidade de utilização de gordura como fonte de energia.

No entanto, os ganhos podem ser comprometidos se houver excesso. Por isso, treinar regularmente é essencial para melhorar o condicionamento físico, proteger o coração e fortalecer o corpo. “Como em qualquer processo de adaptação, existe um ponto em que o esforço saudável pode se transformar em sobrecarga e causar prejuízos”, pondera Janot.

Além disso, corredores que treinam intensamente por longos períodos, sem intervalos adequados de recuperação, podem desenvolver a síndrome do overtraining. “Alguns sinais indicam que o limite pode estar sendo ultrapassado: cansaço persistente mesmo após o descanso, dores musculares prolongadas, queda no rendimento, distúrbios no sono, alterações no humor e aumento da frequência cardíaca em repouso”, alerta Janot.

Casos de mal súbito, embora raros, também se destacam entre os riscos. Um estudo publicado no JAMA em maio deste ano analisou 29,3 milhões de finalizadores em maratonas e meias‑maratonas nos Estados Unidos entre 2010 e 2023, e encontrou 176 paradas cardíacas — 0,54 a cada 100 mil participantes.

A incidência permaneceu estável em relação ao período de 2000 a 2009, mas a letalidade caiu de 71 % para 34 %, com morte por parada reduzindo de 0,39 para 0,20 por 100 mil. A maioria das paradas foi atribuída à doença arterial coronariana, e o estudo associa a melhora nas taxas de sobrevida à presença de desfibriladores e aplicação imediata de reanimação cardiopulmonar nas corridas.

Os benefícios do treinamento de longa duração são reais e numerosos, mas exigem planejamento, moderação e atenção aos sinais do corpo. “Um treino eficiente é aquele que estimula o corpo a se adaptar de forma progressiva. Ele provoca cansaço temporário, melhora o desempenho com o tempo e respeita os períodos de recuperação”, orienta a cardiologista do Einstein.

6 sinais de alerta durante uma maratona

1. Desidratação e desequilíbrio de sais minerais

Durante uma corrida longa, o corpo perde grandes quantidades de água e eletrólitos (como sódio e potássio) pelo suor. Se o corredor não se hidratar adequadamente, pode ter queda de pressão, tontura, cãibras, enjoo ou até confusão mental.

Causa: suor excessivo, hidratação insuficiente ou errada.

2. Hiponatremia (água demais e pouco sal)

Menos conhecida, essa condição acontece quando o corredor bebe muita água, mas sem reposição de sódio. Isso dilui o sangue e pode causar inchaço, náuseas, fraqueza e, em casos graves, convulsões. A hiponatremia é observada inclusive em atletas veteranos: um estudo publicado no New England Journal of Medicine analisou corredores da Maratona de Boston e encontrou casos de hiponatremia sintomática em 13% dos participantes.

Causa: consumo excessivo de água pura, sem reidratação balanceada.

3. Cãibras musculares

São contrações involuntárias e dolorosas, geralmente nas pernas. Podem surgir por fadiga muscular, falta de treino adequado ou desequilíbrio de eletrólitos.

Causa: esforço acima do habitual, falta de condicionamento específico ou perda de sais pelo suor.

4. Problemas gastrointestinais

Dores abdominais, náusea ou vontade urgente de ir ao banheiro são queixas comuns.

Causa: alimentação inadequada antes ou durante a prova, nervosismo, uso de suplementos mal testados ou excesso de gel energético.

5. Exaustão pelo calor ou insolação

O corpo pode ter dificuldade de controlar a temperatura, principalmente em provas realizadas em dias quentes e úmidos.

Causa: acúmulo de calor corporal, hidratação insuficiente, roupas inadequadas.

6. Arritmias e complicações cardíacas

Embora raras, podem ocorrer especialmente em pessoas com predisposição ou doenças cardíacas não diagnosticadas.

Causa: esforço extremo sem avaliação médica prévia, desidratação, temperatura elevada ou uso de estimulantes.

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